domingo, 17 de junho de 2012

Conflitos Familiares


Meus irmãos que as bênçãos de Deus estejam conosco.

Gostaria de iniciar esta palestra falando um pouco sobre a família e seu papel na sociedade.
Tive, em meio às minhas pesquisas, a felicidade de localizar uma bela obra do Divaldo Pereira Franco, denominada Constelação Familiar, de autoria de sua mentora espiritual Joanna de Ângelis. Em 30 tópicos que vão dos primeiros passos do nascituro até seu desfecho com a definição plena do que classifica como Constelação Familiar, este nobre espírito, com tônica terapêutica, esclarece o papel da família na sociedade. Diz no seu prólogo que no pequeno grupo doméstico inicia-se a experiência da fraternidade universal, ensaiando-se os passos para os nobres cometimentos em favor da construção da sociedade equilibrada.
Vejam que a nobre irmã sugere de imediato um fator preponderante para o desenvolvimento psicossocial, utilizando a expressão equilíbrio.
A família, diz ainda Joanna de Ângelis, é a celular mestre da sociedade, pois é na família onde aprendemos a nos preparar para a convivência em grupo. É na família onde conhecemos os princípios básicos da convivência em sociedade. Na família onde é construída a personalidade do ser humano.
Neste contexto, podemos afirmar que sendo a família o resultado da união de duas pessoas para, unidos pelo amor, este sentimento fraterno e sincero, dar-se início a concepção de uma prole, de onde surgirão novos seres para aprender o verdadeiro significado da vida.
Sendo assim, a estrutura basilar da família são os pais, que tem plena e total responsabilidade sobre seus filhos e por consequência o dever de criá-los dignamente. Não basta apenas colocar no mundo. Tem que orientar, alimentar, vestir, educar, exemplificar.
Somos todos espíritos que participamos de um processo de desenvolvimento. E na condição de espíritos, somos convidados por Deus para assumirmos algumas responsabilidades, visando nosso crescimento e adequação às leis divinas. Neste cometimento, somos convocados a receber em nossos elos familiares alguns espíritos já conhecidos, alguns com muita necessidade da nossa guarda e proteção e outros nem tanto.
Precisamos ter consciência desta responsabilidade que assumimos e, portanto nos fortalecer através da fé. Resguardarmos de quaisquer sentimentos contrários ao amor, à bondade e à paciência.
Daí a explicação perene de algumas animosidades em família.
Se tivermos consciência da importância que os laços familiares, que nos uniram, têm sobre nossas existências, com o nosso desenvolvimento e amadurecimento espiritual, por quais razões então não conseguimos nos resignar e nos fortalecer pelo maior sentimento que deve nos unir: O AMOR?
O conjunto familiar é constituído por vários componentes: pai, mãe, filhos, irmãos, avós, primos, tios. Todos com sua parcela de contribuição e responsabilidade para a manutenção deste equilíbrio tão bem elucidado por Joanna de Ângelis. E muitas vezes alguns destes espíritos estão se reencontrando em processo expiatório, em processo de corrigendas de vidas pregressas e isso pode, mesmo que inconscientemente, reacender as chamas de conflitos e problemas não solucionados.
Parece difícil compreender com simplicidade tudo isso, mas então analisemos as causas dos conflitos.
É possível que numa família tenhamos pessoas com comportamentos e atitudes adversas e que independente da formação educacional que cada um recebeu, através da imprescindível orientação dos pais, sua forma de se relacionar seja discrepante. E qual explicação para isso? Simples, somos espíritos e uma vez espíritos, somos únicos e temos nossa própria natureza.
Do ponto de vista espiritual, trazemos em nosso períspirito as lembranças das nossas vidas passadas e daí a justificativa de muitas variações de comportamentos e, por conseguinte, os conflitos entre os familiares.
Alguns espíritos trazem, mesmo que inconscientemente, as recordações dos diversos desregramentos que tiveram em outras vidas. E tentando recuperar o tempo perdido busca em nova encarnação restituir as dívidas contraídas para com o próximo. Evidentemente que nem todo espírito reencarnado está devidamente preparado para os devidos ajustes. Muitos por fraqueza permitem a associação de outros seres do plano espiritual, oferendo sintonia, permitindo que influenciem sobre suas atitudes e comportamentos provocando os diversos distúrbios emocionais.
Com isso, encontraremos pessoas que se deixam levar pelos prazeres equivocados das drogas, do álcool, do sexo desregrado. Aumentando assim o seu compromisso com seu ajuste moral.
É necessário que a base familiar esteja muito bem preparada para suportar os diversos dramas que estarão expostos.
A única forma mais salutar de amenizar os conflitos familiares será sempre através do diálogo e do amor. Não fugindo às vezes de algumas terapias complementares, que não devem ser descartadas, entre um acompanhamento psicológico e a espiritualização do ser.
Diz ainda Joanna de Ângelis, no livro Constelação Familiar, que o exercício do evangelho no lar é uma tônica importante para além de aproximar os espíritos, desenvolver o equilíbrio de todos os membros da família. Complementa que um encontro semanal para o estudo de evangelho, associado a uma conversação simples em torno dos problemas e conflitos familiares, as dificuldades de relacionamentos, enseja em saudável oportunidade para o bom desenvolvimento ético-moral, dirimindo incompreensões e solucionando problemas.
Mas para tanto, como bem mencionei no começo, a boa família começa com os bons exemplos dos pais, associados aos comportamentos de outros membros que tem importância tanto e quanto na estrutura familiar que sãos os avós e os tios. Claro que é descartável falar que estes últimos não podem sob-hipótese alguma, desrespeitar ou desabonar as decisões que os pais tomam sobre seus filhos e sim aconselhá-los e orientar quando percebido o caminho tortuoso tomado.
Numa sociedade onde tudo é possível, tudo é aceitável, os princípios éticos-morais e religiosos são essenciais e os pais devem ter um canal livre de acesso aos filhos, construindo suas personalidades de forma racional e coerente. Desde a concepção do filho, à construção de sua personalidade, à orientação sexual, ao conhecer de suas amizades, ao bom relacionamento com a vizinhança e a inserção do filho na sociedade como um todo, é importante também que tenha abertura para falar sobre assuntos como drogas e alcoolismo e seus riscos e por fim na fase adulta mantendo a aproximação sempre orientando e amando incondicionalmente. Conduzindo a educação desta forma, dificilmente os filhos serão vis à sociedade e muito menos haverá indícios de problemas no relacionamento familiar.
A fé, mais que boa conselheira, é formadora de confiança e fortalecimento para o enfrentamento dos diversos problemas que uma sociedade desregrada oferece ao ser humano.
É pela afinidade de pensamentos, de comportamentos, de atitudes que o espirito se fortalece, em especial quando na família encontra todos estes aparatos.
Vejamos um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, que esclarece definitivamente esta questão: “Não rejeiteis, pois, a criança de berço que repele sua mãe, nem aquele que vos paga com ingratidão; Não é o acaso que o fez assim e que vo-lo deu”.

Isso tudo nos faz refletir que o papel dos pais da concepção até o desencarne é contínuo e cada traço, cada comportamento, cada acerto, cada erro, não são apenas responsabilidades do espírito que o comete e sim também dos pais, pois de acordo com a forma como os educou este será fruto de uma condução positiva ou mal sã refletindo no seu relacionamento com o grupo social ao qual pertence.

Para finalizar, peço permissão para aconselhar: cuidem de seus pares, cuide-se de si mesmo e daqueles que necessitam de sua guarida, de seu apoio, de sua compreensão, de sua orientação. Reflitam sobre os caminhos que seguiram, consertem os desvios, refaçam se necessário o caminho de volta para seguir uma nova trilha para sua ascensão e dos espíritos que se associaram a você, neste processo de resgate destinado a plenitude e purificação do espírito.

Muita paz!

Fernando Oliveira

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Suicídio e Suas Consequências


Quando fui convidado para realizar a palestra tratando o tema: “O SUICÍDIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS”, fiquei em primeiro instante feliz pela oportunidade, mas de imediato me vi apreensivo. Muitas indagações surgiram, mas o certo em minha consciência era que não dava para tratá-lo com simples achismos, em consequência da seriedade que o tema nos traz. Sei que temos muitas dúvidas.
E para as vítimas deste ato? Muita dor e sofrimento, não apenas para seus familiares, mas também para os próprios irmãos que decidiram acabar desta forma, com sua existência carnal.
E para a surpresa destes irmãos, que tomaram a decisão de suicidar-se, a descoberta que a vida não acaba, quando morremos o que se acaba é o corpo e a surpresa maior: Despertam em outro plano de vida. O Mundo Espiritual.
Sei que todos fazem muitas perguntas em torno deste tema: O que faz uma pessoa tomar tal decisão? Porque decidir abdicar da própria vida? E eu como fico sem você? Como você estará agora? Deus perdoa um suicida? Será que quem se mata vai para o inferno? O que faltou para que você não fizesse isso? Onde eu errei com você? O que você fez consigo?
Daria para fazermos muito mais perguntas. Mas eu lhes faço outra pergunta: Onde ficaria o livre arbítrio? Sabemos que a vida é feita de escolhas e que o simples fato de se fechar em copas pode gerar momentos de individualidade e, por consequência, a DEPRESSÃO.
Observem que muitas das informações que recebemos de irmãos que se suicidaram, passavam por momentos de solidão, de tristeza profunda, de depressão até chegarem à consumação deste fato. E porque tudo isso? Diz Allan Kardec no livro O Céu e o inferno que “A felicidade perfeita é inerente à perfeição, isto é, à completa depuração do Espírito. Toda imperfeição é, ao mesmo tempo, causa de sofrimento e de privação de gozo, do mesmo modo que toda qualidade adquirida é fonte de gozo e de atenuação dos sofrimentos” CI – Parte primeira – Cap. VII pag. 122.
Partindo por este prisma, começamos a refletir as causas do Suicídio e por consequência os seus efeitos. Ninguém fica impune diante das leis divinas. A Lei de Causa e Efeito ou de Ação e Reação diz que para toda ação haverá uma reação oposta na mesma proporção, na mesma intensidade. É como o nosso pensamento, se pensamos com amor, recebemos amor, se pensamos com ódio, recebemos o ódio.
Procurei ler livros, textos que me trouxessem esclarecimentos sobre este assunto, e num deles o Livro “Memórias de um suicida” escrito pela médium Ivone do Amaral Pereira, o espírito Camilo Cândido Botelho nos traz informações do seu desencarne e de sua experiência no plano espiritual. Ele nos conta que a decisão de se matar trouxe tristes consequências principalmente por ignorar que tudo não se acabaria com a extinção da vida física. E narra no primeiro momento em que se percebe ainda vivo, mas em espírito: “Fora eu surpreendido com meu aprisionamento em região do Mundo Invisível, cujo desolador panorama era composto por vales profundos, a que as sombras presidiam: gargalhadas sinuosas e cavernas sinistras, no interior das quais uivavam, quais maltas de demônios enfurecidos, Espíritos que foram homens, dementados pela intensidade e estranheza, verdadeiramente inconcebíveis, dos sofrimentos que os martirizavam”.
Além do irmão Camilo Cândido Botelho o André Luiz descreve no livro Nosso Lar suas primeiras experiências assim: “Sentia-me, na verdade, amargurado, duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores que os meus respondiam-me aos clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.”
Estes textos nos descrevem o quanto triste é a região umbralina onde os espíritos que se suicidam são destinados. Vejam que existem neste local muita dor e sofrimento. E até que ocorra o socorro, dentro do merecimento de cada espírito, muitas aflições, que pode durar, dias, meses, anos, até séculos dado o grau de endurecimento que alguns tenham em seus corações.
Existem dois tipos de suicidas: O voluntário e o involuntário. Claro que em nenhum dos dois o ser que se destina a fazer, não será menos responsável por ato tão vil. Como disse o nosso irmão de Lion “Ninguém fica impune diante das leis divinas”. Enquanto o ser que voluntariamente extingue sua vida por egoísmo, falta de fé, orgulho e maledicências diversas, o involuntário o faz através de diversos tipos de desregramentos que poderíamos nos ousar a elencar entre: hipocondria, uso do álcool, uso do fumo, alimentação desregrada, ódio, vingança, inveja e ociosidade. Há também os casos de quadros obsessivos, onde o indivíduo que está passando por um momento de fraqueza e em consequência de atitudes que causaram dor, sofrimento e tristezas diversas nas vidas de outros seres no pretérito e por não reconhecer seu ato como algo mal, não se arrepender e nem tão pouco pedir perdão, ao ser reencontrado por sua vítima pode ser conduzido, por oferecer sintonia com o mesmo, a desistir da vida. Pode ser conduzido, mesmo que inconscientemente, involuntariamente, ao suicídio. Claro que se o espírito é nobre, pratica o bem, o amor incondicionalmente, faz caridade e age de forma espontânea ajudando aos mais necessitados, este estará protegido e abençoado por Deus impedindo a aproximação destes pobres e sofredores espíritos.
Deus, justo, soberanamente bom, jamais deixará seus filhos sofrer, se o sofrimento não for uma opção reencarnatória, assumida a fim de purificação do espírito para sua redenção.
E nós que estamos nesta romagem, devemos em processo de reforma íntima, numa melhoria contínua, lutar contra nossas fraquezas, nossas tendências danosas para vencer ao mal, fortalecendo-nos pela fé, em preces constantes, em rogativas para Deus pedindo sua orientação, para através do amor, ajudar aos nossos irmãos que sofrem deste triste problema, com fortes tendências ao suicídio.
Quanto aos irmãos que partiram desta forma, através de informes do plano espiritual, sabemos que além do Hospital Santa Maria, tem outros tantos hospitais, que acolhem estes sofridos e queridos filhos de Deus, com os mais variados motivos de desencarne, onde através de terapias e processos de recuperação com o apoio dos enfermeiros e médicos espirituais, esclarecendo o quanto triste foi sua decisão e os convidando a se recuperar e ao mesmo tempo, de acordo com o nível de consciência, aceitação e resignação de cada um, renovar seus votos de amor a Deus retornando para uma nova vida, fortalecidos também pela esperança, mesmo que em corpo deficiente para purificar-se através da dor e do sofrimento.
Aquele que desistiu da vida com um tiro na cabeça, poderia retornar com uma deficiência mental, o que praticou mal com afogamento, poderia retornar com deficiência cardíaca ou respiratória, outro que poderia ter fraquezas múltiplas em função de dependência alcoólica ou química, um cadeirante, uma ausência de uma perna ou braço, mas a certeza é que a providência divina aceita tal pedido como uma condição moral necessária para a purificação do ser como a busca contínua pelo aperfeiçoamento espiritual.
Aqui estamos para evoluir e isto significa que temos que combater sempre ao orgulho, a vaidade, a inveja, o desamor, a ociosidade. O espiritismo nos ensina que somos eternos e é justamente na certeza de uma nova vida que devemos nos renovar na fé praticando incessantemente o bem, a caridade incondicionalmente, sem nada esperar em troca. Que devemos nos renovar a cada dia dando testemunho desta certeza racional. Que o acaso não existe e que não estamos aqui apenas para nascer viver e morrer, pois assim nada teria sentido.
Temos que dar nossa contribuição, não apenas para nossa existência, mas também para os nossos entes queridos comprovando através de ações voluntárias, espontâneas, sem propósitos maiores além da felicidade suprema.
Se precisarmos sofrer para amadurecer, nos fortalecemos na fé. Se nos sentirmos enfraquecidos com as duras provas que a vida nos traz, lembremo-nos de Jesus que seguiu seu calvário molestado e humilhado diversas vezes e em nenhum momento se rebelou, pois sabia Ele que havia um propósito maior, Ele morria para a redenção dos nossos pecados. Ele sim foi forte e não desistiu da vida, ao contrário, foi morto para salvar toda uma sequencia de vidas a partir dali viriam ao nosso planeta criando novas condições para nossa evolução. Claro que muitos erros aconteceriam, mas nada que não tenha sido planejado por nosso Pai, Querido Deus. Ele nos deixa a vontade pra decidir se que queremos evoluir ou não. A nossa consciência irá nos mostrar o caminho certo a seguir, mas não se iludam, nesta vida estamos para o AMOR.
Desistir dela, A VIDA, é um ato de fraqueza, de pouca fé, de desamor.
E desde o dia em que recebi este convite, durante o dia-a-dia me ocorreram várias notícias de pessoas que se suicidaram, a mãe de uma amiga, a filha da secretária de outra, o primo de mais uma amiga e ontem para complementar estas notícias realizei um atendimento na nossa casa de trabalho, a Casa da Sopa de um irmão que tem tendências suicidas. E neste momento me veio um pensamento, será que isto é um laboratório ou mais uma oportunidade de ajudar a este irmão. Segui pela segunda opção e enquanto o atendia pedia a Deus para iluminar este ser e também inspiração, ajuda aos amigos espirituais para me orientar a fim de encontrar as palavras certas a dizer para ele. Este irmão tinha em suas mãos um violão que foi utilizado com as canções ajudando-nos na preparação das atividades da casa e ali me veio a mensagem seguinte: veja como ele toca bem, veja que ele tem arte, arte é beleza, arte é pureza, ai está o seu brilho, valorize o que de bom este irmão tem. E sabem por que tanta depressão, além da dependência de álcool e drogas, o simples fato de sua mãe não o procurar mais, de desistir dele. Havia muita tristeza em suas palavras, muita dor. Dizia ele que se sentia vazio por sentir falta do amor materno.
Não observar a quem sofre é contribuir também com tais atitudes. Olhemos atentamente para o nosso próximo para que o nosso verdadeiro AMOR os impeçam de seguir nas sombras do suicídio. E aos que foram, oremos, peçamos a Deus para ter resignação, compaixão e envie os mensageiros do amor para socorrê-los.

Prece:

“Deus, Pai amado, tende compaixão de nós. Acolhei o nosso pedido por nossos irmãos que sofrem em consequência do suicídio. Olha para eles com tua bondade e perdoa-lhes, querido Deus. Permita que os nossos amigos espirituais, médicos e enfermeiros, que já prepararam este ambiente, deem o devido socorro a estes tantos irmãos que aqui nos acompanham. Sabemos que jamais desistes de nós. Então ousamos ainda mais te pedir que nos proteja, mantendo sempre ao nosso lado os nossos anjos guardiões, nos fortalecendo, orientando, nos conduzindo pelo caminho do bem. Obrigado Senhor Deus. Assim seja!”
Fernando Oliveira – 15.05.2012 

Palestra realizada no SEJA em 15.05.2012.

quarta-feira, 21 de março de 2012

As Bem-Aventuranças (O Sermão da Montanha)


Queridos irmãos copio aqui São Mateus Capítulo 5 v. 1 a 12, trazendo o "Sermão da montanha". Este humilde seguidor da doutrina espírita procura na sua ótica tecer alguns comentários sobre tão rica passagem, quando Cristo entre nós esteve:
Quando viu a multidão, Jesus subiu ao monte; havendo se sentado, seus discípulos se aproximaram, e ele começou a ensinar-lhes dizendo:
  • Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céu
  • Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados;
  • Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra;
  • Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados
  • Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia;
  • Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus;
  • Bem-aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus;
  • Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois deles é o reino dos céus;
  • Bem-aventurados sois, quando vos insultarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa;
Meus irmãos, temos aqui uma grande mensagem de esperança e renovação. Como nas leis morais, onde Deus envia os dez mandamentos para Moisés indicando a melhor forma de se comportar na vida e com o próximo, lembrando que amar a DEUS, é amar ao próximo, vem o Divino Mestre Jesus, orientado também por nosso Pai e nos deixa as Bem-aventuranças, como um legado moral e de disciplina a ser seguido.
Não seria portando necessário nós termos que receber esta mensagem se por ventura todos fossemos perfeitos. Mas o que é a perfeição se não seguir aos princípios de amor e bondade tão bem elucidados neste grande legado, apresentado pelo Mestre Amado Jesus;
Em nossa natureza está toda a nossa essência. Se tivermos sentimentos, emoções, estaremos condicionados aos nossos erros. Entretanto, cabe-nos encontrar o equilíbrio na condução destas emoções para evitar afetar de forma danosa não só a nossa vida como também a do nosso próximo.
Fazer o bem sem olhar a quem é a mais pura expressão de amor. Todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se rebaixa será elevado. Muitas vezes seremos testados. Até onde poderemos suportar com humildade o sofrimento? Precisamos aceitar resignadamente as humilhações que passamos, demonstrando para nós mesmos o quanto podemos suportar tamanha degradação. Ser pobre de espírito é ser humilde, é não ter orgulho, nem arrogância. É aceitar toda humilhação que teremos que passar.  Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Chorar é a expressão que temos sentimentos. Isso é necessário muitas vezes para extravasar as nossas dores, nossas emoções. O homem que chora expõe suas emoções, expõe seus sentimentos e assim sabemos que independente de sua condição ele tem suas fragilidades. É na dor que se conhece o indivíduo que é capaz de se renovar buscando o caminho para solucionar suas aflições. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Ter simplicidade, ser humilde, respeitar ao próximo, ser bondoso e caridoso é uma demonstração de amor e respeito às leis divinas. Estamos aqui para evoluir e neste processo de desenvolvimento está o mais necessitado que precisamos acolher e dar um pouco de nós em benefício dele. Esta bem-aventurança se parece bastante com a da pobreza de espírito e nada mais é que a reafirmação do quanto precisamos melhorar. Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra. Vejam bem que esta herança não é uma herança material. Nosso orbe está passando por um processo de mudança de prova e expiação para regeneração e só teremos condições de participar deste processo se contribuirmos com nosso amor, nossa humildade.
E neste processo de evolução, de transformação, precisamos ter consciência de nossos erros, nossas falhas e fraquezas morais. Mas também devemos confiar na justiça divina que sempre dará o refrigério para nosso espírito. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Fazer o bem sem olhar a quem e não esperar nada em troca. Pedir e dar o perdão são exemplos de misericórdia. Esta misericórdia que o nosso Pai, com sua compaixão divina, nos oferece. Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia;
Não maldizer ao próximo, independente de suas falhas, de seus erros. Não julgar para não ser julgado. Esta é a essência de um coração puro. Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus;
Aceitar com resignação o sofrimento, a dor. Se alguém te bater na tua face direita, vira-te e oferece-lhe também a outra. Aceita com humildade os males que te fazem. Tende paciência, esperando e confiando nos desígnios de Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus.
E nesta busca pelo bem comum, por defender aos injuriados, e desejar verdadeiramente a paz e a felicidade plena na nossa terra, muitas vezes sofremos as maledicências de corações perturbados. Devemos continuar confiando em Deus nosso pai. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados sois, quando vos insultarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Para seguir a Deus, o caminho é íngreme, cheio de pedras e trincheiras que temos que superar. É um caminho muitas vezes de muita dor, de muito sofrer, mas logo a frente surge a luz da esperança, da confiança, da certeza de dias melhores onde o amor reina soberano e o nosso mundo estará feliz. A felicidade plena é o destino que todos nós espíritos em processo de transformação e de renovação poderemos alcançar, confiantes na graça Divina de Deus nosso Pai e dos conselhos amigos do Nosso amado Mestre Jesus, seguindo respeitosamente as Bem-aventuranças. Pois sejamos todos esta fonte de luz a guiar nosso caminho e dos espíritos que fazem parte de nossa existência, encarnados e desencarnados. Pois sejamos todos verdadeiramente “Bem-aventurados”.
Material utilizado em palestra realizada no dia 20.03.2012 no Centro Espírita Jesus e Seus Apóstolos-CEJA.

domingo, 18 de março de 2012

O Orgulho e a Humildade

Queridos irmãos, que DEUS nosso pai amado e nosso irmão maior, o Divino mestre Jesus, nos ajude a conduzir com simplicidade o tema de nossa conversa de hoje: “O orgulho e a humildade”.
            Está escrito no Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo VII, itens 11 e 12, a abordagem deste tema. Copio este livro com a seguinte mensagem: “O orgulho é o terrível adversário da humildade”.
            Fomos orientados durante toda nossa vida a realizarmos nossas conquistas. Todos de alguma forma almejamos em nossa vida sermos ricos, ter posses, bens materiais, casa, carro, roupas bonitas, joias, dinheiro.
            A nossa sociedade vive envolvida pelo desejo desenfreado do consumismo, junto ao capitalismo.
            Ora meus irmãos! Se eu vos disser que não devemos obter nossos bens estaria talvez sendo incoerente com uma necessidade natural do nosso próprio desenvolvimento. Mas não posso deixar de vos falar que precisamos dos bens dentro de um patamar de razoabilidade, onde o mais importante seria atender às nossas necessidades básicas.
Não estou aqui querendo criar ou destruir dogmas em torno dos nossos anseios pessoais vinculados ao materialismo, mas devo vos alertar que o excesso gera cobiça, cobiça gera conflitos, conflitos gera desamor, desamor gera egoísmo, egoísmo gera o orgulho e o orgulho nos impossibilita de sermos humildes.
Está nas escrituras sagradas: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus – Cap. V v3)
O que seria então, meus bons irmãos, a pobreza de espírito?
Seria por acaso a pobreza material?
Seria por acaso a abstinência total de nossas conquistas?
Não meus bons irmãos. Observem que mencionei algumas vezes a expressão: “Meus bons irmãos”.
Pobreza de espírito é ser bom. É ser humilde. É olhar com simplicidade para aquele que nos estende as mãos pedindo ajuda, pedindo consolo. É tirar as traves da nossa vista para abdicar sim do nosso orgulho que de nobre nada tem e nos deixa na cegueira completa sem identificar nossas fraquezas, nossas falhas.
Está também no Evangelho Segundo o Espiritismo: “A humildade é uma virtude bem esquecida entre vós; Os grandes exemplos que vos foram dados são bem pouco seguidos e, todavia, sem a humildade, podeis ser caridosos para com o vosso próximo”?
É certo que sem a humildade não enxergamos nenhum dos nossos defeitos e muito menos conseguimos perceber que bem perto de nós tem alguém precisando de um ombro amigo.
É preciso começar por um exame de consciência. Olhar no fundo de nossa alma e identificar que o maior motivo de não sermos humildes é o nosso doente e triste orgulho.
E como consertar o que está com defeito?
Não é como uma máquina que quando dá defeito ou trocamos uma peça ou então decidimos descartar. Estamos falando de gente, de ser humano e aí entra em primeira instância o nosso desejo sincero de mudar. Seria isto o que chamamos de reforma íntima. Um processo contínuo de transformação moral.
Veja que de imediato este peso que está sobre nosso ombro nos dará um leve refrigério. E por nos sentirmos mais aliviados podemos pensar que é suficiente.
Não, não é. Lentamente vá mudando sua forma de pensar, sua forma de agir. Saia da posição de vítima e reconheça que de alguma forma você mesmo está contribuindo para muitos dos problemas que aconteceram ou ainda acontecem em sua vida, seja de ordem material, ou de ordem emocional, quando assim envolve o outro.
E agora o que faço já que percebi que eu não sou detentor da razão?
Agora deixe o orgulho de lado, gerado por nossa vaidade. Faça o que é certo, seja humilde!
Comece pedindo ajuda. Procure DEUS. Faça uma prece. Fale com nosso pai. Permita sentir a presença imediata do seu amigo espiritual, seu anjo guardião. Respire suavemente, encha seus brônquios e pulmões com esta atmosfera de paz e harmonia que emana do universo, criado por ninguém menos que nosso Pai. Relaxe seu corpo e comece a raciocinar.
Quando estamos em conflito a voz da razão some e o que fica é a voz das tribulações. Inquietante e muito desagradável. E a única forma de dissipar esta energia é estar em comunhão com DEUS.
Quando um não quer, dois não brigam. Foi assim que aprendemos em nossa vida. E nem sempre o nosso conflito é com alguém de carne e osso. Às vezes os nossos conflitos são com um amigo do invisível, com um irmão espiritual e que por falhas de nosso passado espiritual nos comprometemos e a única forma de provar a este irmão que realmente mudamos é combatendo nossas fraquezas morais e logicamente exercendo constantemente a humildade.
Se eu tenho amor no coração, eu tenho paz de espírito!
Desta forma eu percebo que posso ser feliz, então está na hora de mudar!
Sejamos todos pobres de espírito, como está no evangelho. Sejamos humildes. E mesmo achando que não deve, peça desculpa, peça perdão a quem você prejudicou.
Tudo começa a mudar. Veja que o sol começa a surgir em sua presença, a iluminar, e assim você começa a perceber que ser humilde faz bem a você e melhor ainda faz bem as pessoas que amamos.
Não para por ai. É um processo contínuo de transformação. Mas como disse o Mestre Jesus: Orai e Vigiai. Ajuda-te e o Céu te ajudará. Pedi e dar-se-vos-á. Por que aquele que pede será atendido.
Mas pedes com fé, confiando no amor incondicional que só o nosso Pai amado DEUS sabe dar.
E como sempre acontece, após uma noite de escuridão, surge um novo dia iluminado, com o sol da esperança, da renovação, da paz, trazendo a felicidade a nos harmonizar. Nós espíritos em processo de prova e expiação neste caminho único a seguir: o da evolução ao encontro de DEUS.
Muita paz!

Fernando Oliveira

Palestra realizada em 17.03.2012 no Grupo Espirita Caminho para o Progresso na Vila Peri.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Paciência

Queridos irmãos, estamos aqui diante de um grande ensinamento da lei do amor: A PACIÊNCIA.
Trás o Evangelho Segundo o Espiritismo estas ricas palavras doutrinárias, lembrando que a paciência também é caridade e que devemos praticá-la em nosso dia-a-dia.
Praticar sem as traves do nosso preconceito, do nosso egoísmo, de nossas presunções.
Lembrando que o nosso mestre Jesus sempre que recebia qualquer questionamento feito pelos apóstolos ou outros irmãos que o seguiam, Ele humildemente, usando da PACIÊNCIA, trazia um novo ensinamento para nossas vidas. E numa dessas abordagens, sendo questionado sobre o amor, respondeu: ”que o amor nos aproxima de DEUS”. Que amando ao nosso próximo estaríamos evidentemente amando a DEUS. Ricamente mostra que amor não limites, quando lembra que amar ao próximo também é amar ao inimigo. É amar aquele que por algum motivo, em alguma situação, teria nos feito algum mal. Nos mostra desta forma que ai estaríamos praticando a PACIÊNCIA, associada à humildade, a resignação, a simplicidade. Eliminando assim os nossos desafetos. Parece algo difícil de realizar, mas tenha certeza meus irmãos, não é impossível.
Diz o dicionário Wikipedia, que a Paciência dentre as sete virtudes, é a mais difícil de desenvolver, mas se uma vez desenvolvida, esta traz inúmeros benefícios.
E de que forma, meus irmãos, podemos praticar a paciência? A resposta é simples, começamos em casa, com nossos entes mais próximos que talvez por processos expiatórios e compromissos assumidos antes de nossa encarnação atual decidimos estar juntos para aprender, resignar e nos depurarmos, enquanto espíritos para alcançar a redenção e a purificação diante de Deus nosso pai.
É um marido ou esposa que nos irrita, é um filho que nos preocupa, é o irmão que nos incomoda, é o sogro a sogra que nos testam, é o cunhado a cunhada que está sempre nos provocando. Não podemos tratar naturalmente isso como regra, mas já paramos para refletir que o acaso não existe? E que se estamos vivendo em conjunto com estas pessoas, devemos acalmar nossos corações e através de uma conexão simples com Deus e nossos amigos espirituais, nosso anjo da guarda, através de uma simples prece, uma oração, pedindo auxílio, rogando por ter calma, resignação, humildade e acima de tudo paciência pra suportar as aflições do dia-a-dia, as dores que nos fazem muitas vezes as escondida chorar, as preocupações dos desvios das pessoas que por benevolência de Deus nos permitiu estar nesta encarnação espiando conosco, trazendo a dor e o sofrimento pra nossas vidas e assim a purificação dos nossos sentimentos.
Muitas vezes em vez de retrucar, devíamos apenas parar para ouvir, como bem traz o nosso irmão Manoel Philomeno de Miranda em seu livro Atendimento Fraterno: “Ouvir é mais produtivo que falar, em todos os níveis. A pessoa que sabe ouvir é mais simpática, conquista o interlocutor, acima de tudo, acrescenta ao seu próprio patrimônio cultural a informação que o outro exterioriza.”
Com isso podemos afirmar que muitos conflitos que nos deparamos poderiam ser resolvidos com um simples diálogo, mas sempre deixando o outro expor sua opinião e respeitando, para por fim externar nossa concepção sobre qualquer fato que nos aflige. Aí estará também sendo paciente.
Questionar Deus nessas horas é muito comum! E porque não questionamos a nós mesmos? Onde estou errando? Porque eu sou assim? Porque não faço melhor? Porque não uso de meu amor em benefício deste irmão e por fim em meu benefício próprio.
Ser paciente é ter controle sobre nossas ações, nosso comportamento, ter calma, ser tolerante, ser benevolente. É superar nossas tendências para tantas fraquezas que por falta de controle emocional não conseguimos reagir trazendo em detrimento do erro o acerto.
E se a paciência sendo este grande agente para nos burilar, como o nosso irmão dos gentios, Paulo de Tarso, tanto nos falava, através a caridade como caminho para nossa salvação e forma de acesso a DEUS, façamos urgente esta transformação em nossos corações e por fim estaremos merecedores do perdão DEUS, da sua bondade.
Não existe um padrão convencional para saber até onde podemos ser pacientes. Mas posso trazer de volta aqui o Evangelho segundo o espiritismo, em seu capítulo 9 – item 7, no parágrafo final que diz:
“Coragem, amigos! O Cristo é o vosso modelo; sofreu mais do que qualquer um de vós e não tinha nada de que pudesse ser acusado, enquanto que vós tendes vosso passado a expiar e tendes de vos fortalecer para o futuro. Sede pois, pacientes; sede cristãos, esta palavra resume tudo.”
E para finalizar, eu vos lembro a Oração do nosso irmão de Assis que resume de várias formas como devemos praticar a paciência em nossa vida:


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

Assim Seja meus irmãos!

Palestra realizada no Grupo Espírita Caminho Para o Progresso na Vila Peri em 04.02.2012.
Fernando Oliveira.
 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lições aprendidas

Enquanto o tempo passa vivemos nossas ilusões absortos por nossos pensamentos infrutíferos perdendo tempo discutindo ou vislumbrando algo que dificilmente iremos vivenciar. Se Alice do país das maravilhas existisse realmente, este país utópico não seria com certeza o Brasil, mas que país seria este? Nenhum é claro! 
Então que tal parar de Bla, bla, bla e trocar as ilusões por fatos reais? Exemplo: já parou prá pensar quantas pessoas estão pelas ruas passando fome, quantas pessoas pelas favelas vivendo de forma sub-humana, quantos doentes em leitos de hospitais públicos sofrendo com os parcos atendimentos. Olhemos ao nosso redor, será que está tudo perfeito? Temos feito o quê por nossos irmãos mais necessitados? Ah! Esqueci! Estamos em nossa zona de conforto, acomodados com nossas conveniências pessoais, deixando acontecer. Claro! Desde que nada de indesejável seja conosco mesmos!
E será que é isso mesmo que pretendemos ensinar aos nossos filhos, sobrinhos, amigos que iniciam prematuramente a vida convencionada pelos desvios desmedidos de uma sociedade capitalista, omissa aos problemas que se espalham pelas ruas, como drogas, alcoolismo e outros tantos desregramentos consequentes das fraquezas incontroladas e irrefletidas quanto aos efeitos consequentes das nossas insanidades?!
Que lições aprendemos com a vida? Acho que muitas, mas é preciso muito mais que lições.
Precisamos de ações, atitudes tranformadoras e dignas de seres Cristãos dispostos a fazer a diferença. 
Como? Simples! Que tal começar refletindo como está nossa vida. Estamos realmente felizes com tudo que nos acontece? Estamos satisfeitos com nossas ações? Então já que tomamos consciência, começamos reconhecendo que sozinhos somos incapazes de mudar o mundo, mas podemos unir forças com pessoas e entidades que trabalham pelo bem comum. Onde? Quem? Certamente você conhece alguém que já faz isso. Observe melhor e aja agora enquanto é tempo. Afinal esta vida é única, não vamos esperar ou deixar para a proxima encarnação para corrigir o que fizemos de errado ou deixamos de concertar o que os outros desvituaram. 
Quer lição melhor? Jesus Cristo, São Francisco de Assis, Madre Tereza e outros tantos que viveram em prol do amor e da caridade fraterna. Aprendeu? Então agora ensina!