quarta-feira, 21 de março de 2012

As Bem-Aventuranças (O Sermão da Montanha)


Queridos irmãos copio aqui São Mateus Capítulo 5 v. 1 a 12, trazendo o "Sermão da montanha". Este humilde seguidor da doutrina espírita procura na sua ótica tecer alguns comentários sobre tão rica passagem, quando Cristo entre nós esteve:
Quando viu a multidão, Jesus subiu ao monte; havendo se sentado, seus discípulos se aproximaram, e ele começou a ensinar-lhes dizendo:
  • Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céu
  • Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados;
  • Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra;
  • Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados
  • Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia;
  • Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus;
  • Bem-aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus;
  • Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois deles é o reino dos céus;
  • Bem-aventurados sois, quando vos insultarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa;
Meus irmãos, temos aqui uma grande mensagem de esperança e renovação. Como nas leis morais, onde Deus envia os dez mandamentos para Moisés indicando a melhor forma de se comportar na vida e com o próximo, lembrando que amar a DEUS, é amar ao próximo, vem o Divino Mestre Jesus, orientado também por nosso Pai e nos deixa as Bem-aventuranças, como um legado moral e de disciplina a ser seguido.
Não seria portando necessário nós termos que receber esta mensagem se por ventura todos fossemos perfeitos. Mas o que é a perfeição se não seguir aos princípios de amor e bondade tão bem elucidados neste grande legado, apresentado pelo Mestre Amado Jesus;
Em nossa natureza está toda a nossa essência. Se tivermos sentimentos, emoções, estaremos condicionados aos nossos erros. Entretanto, cabe-nos encontrar o equilíbrio na condução destas emoções para evitar afetar de forma danosa não só a nossa vida como também a do nosso próximo.
Fazer o bem sem olhar a quem é a mais pura expressão de amor. Todo aquele que se eleva será rebaixado e todo aquele que se rebaixa será elevado. Muitas vezes seremos testados. Até onde poderemos suportar com humildade o sofrimento? Precisamos aceitar resignadamente as humilhações que passamos, demonstrando para nós mesmos o quanto podemos suportar tamanha degradação. Ser pobre de espírito é ser humilde, é não ter orgulho, nem arrogância. É aceitar toda humilhação que teremos que passar.  Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Chorar é a expressão que temos sentimentos. Isso é necessário muitas vezes para extravasar as nossas dores, nossas emoções. O homem que chora expõe suas emoções, expõe seus sentimentos e assim sabemos que independente de sua condição ele tem suas fragilidades. É na dor que se conhece o indivíduo que é capaz de se renovar buscando o caminho para solucionar suas aflições. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Ter simplicidade, ser humilde, respeitar ao próximo, ser bondoso e caridoso é uma demonstração de amor e respeito às leis divinas. Estamos aqui para evoluir e neste processo de desenvolvimento está o mais necessitado que precisamos acolher e dar um pouco de nós em benefício dele. Esta bem-aventurança se parece bastante com a da pobreza de espírito e nada mais é que a reafirmação do quanto precisamos melhorar. Bem-aventurados os humildes, pois herdarão a terra. Vejam bem que esta herança não é uma herança material. Nosso orbe está passando por um processo de mudança de prova e expiação para regeneração e só teremos condições de participar deste processo se contribuirmos com nosso amor, nossa humildade.
E neste processo de evolução, de transformação, precisamos ter consciência de nossos erros, nossas falhas e fraquezas morais. Mas também devemos confiar na justiça divina que sempre dará o refrigério para nosso espírito. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Fazer o bem sem olhar a quem e não esperar nada em troca. Pedir e dar o perdão são exemplos de misericórdia. Esta misericórdia que o nosso Pai, com sua compaixão divina, nos oferece. Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia;
Não maldizer ao próximo, independente de suas falhas, de seus erros. Não julgar para não ser julgado. Esta é a essência de um coração puro. Bem-aventurados aqueles que têm puro o coração, porque verão a Deus;
Aceitar com resignação o sofrimento, a dor. Se alguém te bater na tua face direita, vira-te e oferece-lhe também a outra. Aceita com humildade os males que te fazem. Tende paciência, esperando e confiando nos desígnios de Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque eles serão chamados filhos de Deus.
E nesta busca pelo bem comum, por defender aos injuriados, e desejar verdadeiramente a paz e a felicidade plena na nossa terra, muitas vezes sofremos as maledicências de corações perturbados. Devemos continuar confiando em Deus nosso pai. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois deles é o reino dos céus.

Bem-aventurados sois, quando vos insultarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Para seguir a Deus, o caminho é íngreme, cheio de pedras e trincheiras que temos que superar. É um caminho muitas vezes de muita dor, de muito sofrer, mas logo a frente surge a luz da esperança, da confiança, da certeza de dias melhores onde o amor reina soberano e o nosso mundo estará feliz. A felicidade plena é o destino que todos nós espíritos em processo de transformação e de renovação poderemos alcançar, confiantes na graça Divina de Deus nosso Pai e dos conselhos amigos do Nosso amado Mestre Jesus, seguindo respeitosamente as Bem-aventuranças. Pois sejamos todos esta fonte de luz a guiar nosso caminho e dos espíritos que fazem parte de nossa existência, encarnados e desencarnados. Pois sejamos todos verdadeiramente “Bem-aventurados”.
Material utilizado em palestra realizada no dia 20.03.2012 no Centro Espírita Jesus e Seus Apóstolos-CEJA.

domingo, 18 de março de 2012

O Orgulho e a Humildade

Queridos irmãos, que DEUS nosso pai amado e nosso irmão maior, o Divino mestre Jesus, nos ajude a conduzir com simplicidade o tema de nossa conversa de hoje: “O orgulho e a humildade”.
            Está escrito no Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo VII, itens 11 e 12, a abordagem deste tema. Copio este livro com a seguinte mensagem: “O orgulho é o terrível adversário da humildade”.
            Fomos orientados durante toda nossa vida a realizarmos nossas conquistas. Todos de alguma forma almejamos em nossa vida sermos ricos, ter posses, bens materiais, casa, carro, roupas bonitas, joias, dinheiro.
            A nossa sociedade vive envolvida pelo desejo desenfreado do consumismo, junto ao capitalismo.
            Ora meus irmãos! Se eu vos disser que não devemos obter nossos bens estaria talvez sendo incoerente com uma necessidade natural do nosso próprio desenvolvimento. Mas não posso deixar de vos falar que precisamos dos bens dentro de um patamar de razoabilidade, onde o mais importante seria atender às nossas necessidades básicas.
Não estou aqui querendo criar ou destruir dogmas em torno dos nossos anseios pessoais vinculados ao materialismo, mas devo vos alertar que o excesso gera cobiça, cobiça gera conflitos, conflitos gera desamor, desamor gera egoísmo, egoísmo gera o orgulho e o orgulho nos impossibilita de sermos humildes.
Está nas escrituras sagradas: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus – Cap. V v3)
O que seria então, meus bons irmãos, a pobreza de espírito?
Seria por acaso a pobreza material?
Seria por acaso a abstinência total de nossas conquistas?
Não meus bons irmãos. Observem que mencionei algumas vezes a expressão: “Meus bons irmãos”.
Pobreza de espírito é ser bom. É ser humilde. É olhar com simplicidade para aquele que nos estende as mãos pedindo ajuda, pedindo consolo. É tirar as traves da nossa vista para abdicar sim do nosso orgulho que de nobre nada tem e nos deixa na cegueira completa sem identificar nossas fraquezas, nossas falhas.
Está também no Evangelho Segundo o Espiritismo: “A humildade é uma virtude bem esquecida entre vós; Os grandes exemplos que vos foram dados são bem pouco seguidos e, todavia, sem a humildade, podeis ser caridosos para com o vosso próximo”?
É certo que sem a humildade não enxergamos nenhum dos nossos defeitos e muito menos conseguimos perceber que bem perto de nós tem alguém precisando de um ombro amigo.
É preciso começar por um exame de consciência. Olhar no fundo de nossa alma e identificar que o maior motivo de não sermos humildes é o nosso doente e triste orgulho.
E como consertar o que está com defeito?
Não é como uma máquina que quando dá defeito ou trocamos uma peça ou então decidimos descartar. Estamos falando de gente, de ser humano e aí entra em primeira instância o nosso desejo sincero de mudar. Seria isto o que chamamos de reforma íntima. Um processo contínuo de transformação moral.
Veja que de imediato este peso que está sobre nosso ombro nos dará um leve refrigério. E por nos sentirmos mais aliviados podemos pensar que é suficiente.
Não, não é. Lentamente vá mudando sua forma de pensar, sua forma de agir. Saia da posição de vítima e reconheça que de alguma forma você mesmo está contribuindo para muitos dos problemas que aconteceram ou ainda acontecem em sua vida, seja de ordem material, ou de ordem emocional, quando assim envolve o outro.
E agora o que faço já que percebi que eu não sou detentor da razão?
Agora deixe o orgulho de lado, gerado por nossa vaidade. Faça o que é certo, seja humilde!
Comece pedindo ajuda. Procure DEUS. Faça uma prece. Fale com nosso pai. Permita sentir a presença imediata do seu amigo espiritual, seu anjo guardião. Respire suavemente, encha seus brônquios e pulmões com esta atmosfera de paz e harmonia que emana do universo, criado por ninguém menos que nosso Pai. Relaxe seu corpo e comece a raciocinar.
Quando estamos em conflito a voz da razão some e o que fica é a voz das tribulações. Inquietante e muito desagradável. E a única forma de dissipar esta energia é estar em comunhão com DEUS.
Quando um não quer, dois não brigam. Foi assim que aprendemos em nossa vida. E nem sempre o nosso conflito é com alguém de carne e osso. Às vezes os nossos conflitos são com um amigo do invisível, com um irmão espiritual e que por falhas de nosso passado espiritual nos comprometemos e a única forma de provar a este irmão que realmente mudamos é combatendo nossas fraquezas morais e logicamente exercendo constantemente a humildade.
Se eu tenho amor no coração, eu tenho paz de espírito!
Desta forma eu percebo que posso ser feliz, então está na hora de mudar!
Sejamos todos pobres de espírito, como está no evangelho. Sejamos humildes. E mesmo achando que não deve, peça desculpa, peça perdão a quem você prejudicou.
Tudo começa a mudar. Veja que o sol começa a surgir em sua presença, a iluminar, e assim você começa a perceber que ser humilde faz bem a você e melhor ainda faz bem as pessoas que amamos.
Não para por ai. É um processo contínuo de transformação. Mas como disse o Mestre Jesus: Orai e Vigiai. Ajuda-te e o Céu te ajudará. Pedi e dar-se-vos-á. Por que aquele que pede será atendido.
Mas pedes com fé, confiando no amor incondicional que só o nosso Pai amado DEUS sabe dar.
E como sempre acontece, após uma noite de escuridão, surge um novo dia iluminado, com o sol da esperança, da renovação, da paz, trazendo a felicidade a nos harmonizar. Nós espíritos em processo de prova e expiação neste caminho único a seguir: o da evolução ao encontro de DEUS.
Muita paz!

Fernando Oliveira

Palestra realizada em 17.03.2012 no Grupo Espirita Caminho para o Progresso na Vila Peri.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Paciência

Queridos irmãos, estamos aqui diante de um grande ensinamento da lei do amor: A PACIÊNCIA.
Trás o Evangelho Segundo o Espiritismo estas ricas palavras doutrinárias, lembrando que a paciência também é caridade e que devemos praticá-la em nosso dia-a-dia.
Praticar sem as traves do nosso preconceito, do nosso egoísmo, de nossas presunções.
Lembrando que o nosso mestre Jesus sempre que recebia qualquer questionamento feito pelos apóstolos ou outros irmãos que o seguiam, Ele humildemente, usando da PACIÊNCIA, trazia um novo ensinamento para nossas vidas. E numa dessas abordagens, sendo questionado sobre o amor, respondeu: ”que o amor nos aproxima de DEUS”. Que amando ao nosso próximo estaríamos evidentemente amando a DEUS. Ricamente mostra que amor não limites, quando lembra que amar ao próximo também é amar ao inimigo. É amar aquele que por algum motivo, em alguma situação, teria nos feito algum mal. Nos mostra desta forma que ai estaríamos praticando a PACIÊNCIA, associada à humildade, a resignação, a simplicidade. Eliminando assim os nossos desafetos. Parece algo difícil de realizar, mas tenha certeza meus irmãos, não é impossível.
Diz o dicionário Wikipedia, que a Paciência dentre as sete virtudes, é a mais difícil de desenvolver, mas se uma vez desenvolvida, esta traz inúmeros benefícios.
E de que forma, meus irmãos, podemos praticar a paciência? A resposta é simples, começamos em casa, com nossos entes mais próximos que talvez por processos expiatórios e compromissos assumidos antes de nossa encarnação atual decidimos estar juntos para aprender, resignar e nos depurarmos, enquanto espíritos para alcançar a redenção e a purificação diante de Deus nosso pai.
É um marido ou esposa que nos irrita, é um filho que nos preocupa, é o irmão que nos incomoda, é o sogro a sogra que nos testam, é o cunhado a cunhada que está sempre nos provocando. Não podemos tratar naturalmente isso como regra, mas já paramos para refletir que o acaso não existe? E que se estamos vivendo em conjunto com estas pessoas, devemos acalmar nossos corações e através de uma conexão simples com Deus e nossos amigos espirituais, nosso anjo da guarda, através de uma simples prece, uma oração, pedindo auxílio, rogando por ter calma, resignação, humildade e acima de tudo paciência pra suportar as aflições do dia-a-dia, as dores que nos fazem muitas vezes as escondida chorar, as preocupações dos desvios das pessoas que por benevolência de Deus nos permitiu estar nesta encarnação espiando conosco, trazendo a dor e o sofrimento pra nossas vidas e assim a purificação dos nossos sentimentos.
Muitas vezes em vez de retrucar, devíamos apenas parar para ouvir, como bem traz o nosso irmão Manoel Philomeno de Miranda em seu livro Atendimento Fraterno: “Ouvir é mais produtivo que falar, em todos os níveis. A pessoa que sabe ouvir é mais simpática, conquista o interlocutor, acima de tudo, acrescenta ao seu próprio patrimônio cultural a informação que o outro exterioriza.”
Com isso podemos afirmar que muitos conflitos que nos deparamos poderiam ser resolvidos com um simples diálogo, mas sempre deixando o outro expor sua opinião e respeitando, para por fim externar nossa concepção sobre qualquer fato que nos aflige. Aí estará também sendo paciente.
Questionar Deus nessas horas é muito comum! E porque não questionamos a nós mesmos? Onde estou errando? Porque eu sou assim? Porque não faço melhor? Porque não uso de meu amor em benefício deste irmão e por fim em meu benefício próprio.
Ser paciente é ter controle sobre nossas ações, nosso comportamento, ter calma, ser tolerante, ser benevolente. É superar nossas tendências para tantas fraquezas que por falta de controle emocional não conseguimos reagir trazendo em detrimento do erro o acerto.
E se a paciência sendo este grande agente para nos burilar, como o nosso irmão dos gentios, Paulo de Tarso, tanto nos falava, através a caridade como caminho para nossa salvação e forma de acesso a DEUS, façamos urgente esta transformação em nossos corações e por fim estaremos merecedores do perdão DEUS, da sua bondade.
Não existe um padrão convencional para saber até onde podemos ser pacientes. Mas posso trazer de volta aqui o Evangelho segundo o espiritismo, em seu capítulo 9 – item 7, no parágrafo final que diz:
“Coragem, amigos! O Cristo é o vosso modelo; sofreu mais do que qualquer um de vós e não tinha nada de que pudesse ser acusado, enquanto que vós tendes vosso passado a expiar e tendes de vos fortalecer para o futuro. Sede pois, pacientes; sede cristãos, esta palavra resume tudo.”
E para finalizar, eu vos lembro a Oração do nosso irmão de Assis que resume de várias formas como devemos praticar a paciência em nossa vida:


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

Assim Seja meus irmãos!

Palestra realizada no Grupo Espírita Caminho Para o Progresso na Vila Peri em 04.02.2012.
Fernando Oliveira.
 

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lições aprendidas

Enquanto o tempo passa vivemos nossas ilusões absortos por nossos pensamentos infrutíferos perdendo tempo discutindo ou vislumbrando algo que dificilmente iremos vivenciar. Se Alice do país das maravilhas existisse realmente, este país utópico não seria com certeza o Brasil, mas que país seria este? Nenhum é claro! 
Então que tal parar de Bla, bla, bla e trocar as ilusões por fatos reais? Exemplo: já parou prá pensar quantas pessoas estão pelas ruas passando fome, quantas pessoas pelas favelas vivendo de forma sub-humana, quantos doentes em leitos de hospitais públicos sofrendo com os parcos atendimentos. Olhemos ao nosso redor, será que está tudo perfeito? Temos feito o quê por nossos irmãos mais necessitados? Ah! Esqueci! Estamos em nossa zona de conforto, acomodados com nossas conveniências pessoais, deixando acontecer. Claro! Desde que nada de indesejável seja conosco mesmos!
E será que é isso mesmo que pretendemos ensinar aos nossos filhos, sobrinhos, amigos que iniciam prematuramente a vida convencionada pelos desvios desmedidos de uma sociedade capitalista, omissa aos problemas que se espalham pelas ruas, como drogas, alcoolismo e outros tantos desregramentos consequentes das fraquezas incontroladas e irrefletidas quanto aos efeitos consequentes das nossas insanidades?!
Que lições aprendemos com a vida? Acho que muitas, mas é preciso muito mais que lições.
Precisamos de ações, atitudes tranformadoras e dignas de seres Cristãos dispostos a fazer a diferença. 
Como? Simples! Que tal começar refletindo como está nossa vida. Estamos realmente felizes com tudo que nos acontece? Estamos satisfeitos com nossas ações? Então já que tomamos consciência, começamos reconhecendo que sozinhos somos incapazes de mudar o mundo, mas podemos unir forças com pessoas e entidades que trabalham pelo bem comum. Onde? Quem? Certamente você conhece alguém que já faz isso. Observe melhor e aja agora enquanto é tempo. Afinal esta vida é única, não vamos esperar ou deixar para a proxima encarnação para corrigir o que fizemos de errado ou deixamos de concertar o que os outros desvituaram. 
Quer lição melhor? Jesus Cristo, São Francisco de Assis, Madre Tereza e outros tantos que viveram em prol do amor e da caridade fraterna. Aprendeu? Então agora ensina!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Enquando o tempo passa

A vida se enlaça
Os seres se abraçam
E tudo se desembaraça
E assim tudo tem graça

O tempo não estaciona
Não é como um veículo que alguém controla
Não é como agente que se emociona
Vidas que não acompanham o que o tempo provoca

E o vai e vem das pessoas
É preciso aprender 
Tem um propósito 
Para poder crescer

E mais um ano vai
Se não olhar no compasso
Perde a noção voraz
Que este tempo não passa

E chega o novo
E penssamos, tudo denovo
Mas aí porque não se renovar
Para poder se melhorar

O tempo não passa
Agente que não olha adiante
A necessidade de olhar
Que o novo pode ser em nós mesmos todo radiante.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Em visita a um Presídio Feminino


Em meio aos conflitos da vida e envolvidos com nossas rotinas, preocupados exclusivamente com a necessidade de atender nossas necessidades pessoais deixamos passar despercebidos muitos irmãos em estado calamitoso de sofrimento, dor e desprezo.
O nosso egoísmo não deixa perceber que além de nós tem muitas pessoas carentes de atenção, afeto, um abraço fraterno, um ombro amigo, um olhar sincero, uma simples conversa para acalmar as aflições da vida.
Vivi uma experiência singular. Fui junto com mais dois amigos de ideal cristão, meus irmãos Selmara e Junior, a um presidio feminino visitar uma jovem, que vou preservar sua identidade por questão ética. É uma moça, moradora de rua, que em meio a esta solidão procurou a nós da Casa da Sopa, pois se sentia só, sem ninguém para apoiar, para dar um pouco de paz e conforto ao seu espírito atribulado com os conflitos naturais neste ambiente que preserva uma energia de dor e sofrimento em alto grau de desalento.
Ao encontrá-la, sua surpresa foi tamanha, não tinha esperança que sua missiva chegasse a nossas mãos e a abracei e suas lágrimas foram inevitáveis, como as nossas também.
Fomos ao parlatório e iniciamos nosso diálogo, difícil de fluir, graças à emoção, mas que aos poucos em se aquecendo com o sentimento mais terno que podemos doar a alguém e que não tem paga, o AMOR, conseguimos estabelecer a conversa onde entendemos os motivos de sua prisão.
Na rua os mecanismos muitas vezes são muito radicais e bastante sutis, mas nada pueris. E quem vive na rua precisa se preservar até da obscuridade do preconceito, do radicalismo, do desamor.
E graças a situações assim, longe de proteger ou acusar, que meninas como ela se veem enclausuradas, presas e sós. No presidio tem regras disciplinares da administração e regras bem peculiares definidas imaginem pelas próprias detentas. Muitas até desconhecidas pela sociedade e que ainda teremos que desvendar estes mistérios.
Mas Deus está presente também nestes locais. Almas iluminadas levam o alento, o consolo e felizes descobrimos que diariamente nossa irmã participa de um grupo de oração e através dele se fortalece para continuar sua trajetória até o dia de sua libertação.
Muitas lágrimas, acredito, iremos verter, nós que nos infelicitamos com seu sofrimento, mas muito mais ainda Ela que vive esta dura realidade.
E a prece traz esperança, traz confiança, traz consolo. E neste ato em que juntos comungamos, percebemos que DEUS envia os mensageiros da LUZ para trazer o refrigério para tais corações, tão aflitos, tão doloridos, mas ainda, pasmem, com doçura. O sofrimento não tirou dos seus olhos o brilho da delicadeza feminina. Daí o compromisso de melhorar, de sair da rua, de se voltar para as coisas boas, de ser uma cidadã do bem.
Mas você é minha irmã, não julgamos os erros e sim que és também filha de Deus e portanto uma cidadã como qualquer outro!
Você, como muitos, só está passando uma aragem de sua vida, uma turbulência conflitiva entre o ser e estar, entre o errar e acertar, entre o achar e perder-se ao acaso e o desconhecido. Você está se redescobrindo e vai em breve se ver novamente feliz com a graça do DIVINO amor e do DIVINO amigo de todas as horas JESUS CRISTO.

domingo, 15 de maio de 2011

Além do Horizonte

Vejo o mar em sua plenitude e grandeza, me inspirando reflexões em torno da vida. 

Observo que há mistérios sobre a magnitude do DEUS. Não temos como duvidar sua excelência.
Precismos desenvolver nossas percepções, abrir nossos corações, sentir o fluxo magnético no suave toque do vento em nossa pele, no calor do sol e sua luminosidade. Tudo reflete beleza. Tudo é pleno e perfeito.
É infinito e intrigante.
As águas prateadas do MAR nos deixam hipnotizados e com isso relaxamos, nos tranquilizamos, ficamos calmos.
É agradável e confortavel esta visão.
Como questionar algo tão lindo?!
Existe sim alguém superior para nos proporcionar tal maravilha: DEUS. Pleno, divino, perfeito que "Além do Horizonte" nos faz entender que temos muito a aprender, para quiçá um dia desvendar os mistérios que há no MAR e na VIDA.