Fui convidado por uma casa amiga
para palestrar sobre este tema: Mediunidade.
Temos nesta existência uma oportunidade de renovação e sublimação, e que o conhecimento e uso adequado da mediunidade oferecer-nos-á oportunidade de redenção e sublimação.
Temos nesta existência uma oportunidade de renovação e sublimação, e que o conhecimento e uso adequado da mediunidade oferecer-nos-á oportunidade de redenção e sublimação.
Evidentemente, que para tanto não
posso deixar de me abastecer da literatura espírita, rica em conteúdo sobre
este assunto. Começo com o nobre codificador, Allan Kardec, no Livro dos
Médiuns, que nos esclarece: 159. Toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos
Espíritos, por isso mesmo, é médium. Ainda acrescenta: Esta faculdade é
inerente ao homem e, por consequência, não é privilégio exclusivo; também são
poucos nos quais não se encontrem alguns rudimentos dela.
Pode-se, pois, dizer
que de alguma forma a grande maioria das pessoas é, mais ou menos, médium.
Parece muito contundente a
afirmação de Kardec deixando claro que todo mundo seja, mais ou menos médium.
Mas esta afirmativa, se observarmos alguns indicativos, podemos entender os
motivos que o levam a assumir este conceito.
Quem já não teve um pressentimento? Quem nunca viu alguém que teve a impressão de já conhecer? E mais, não viveu situações que pensou já ter vivido em outro momento. Na linguagem popular estes fatos já foram classificados com Déjà Vu, mas à luz do espiritismo estes são rudimentos de mediunidade, que podem estar relacionados ao que conhecemos como intuição ou lembranças de seres ou fatos que realmente já foram traçados para vivenciar, na vida presente ou rudimentos de vidas passadas, traço das vidas sucessivas, necessárias para nosso amadurecimento e importantíssimas para a evolução intelecto-moral.
Quem já não teve um pressentimento? Quem nunca viu alguém que teve a impressão de já conhecer? E mais, não viveu situações que pensou já ter vivido em outro momento. Na linguagem popular estes fatos já foram classificados com Déjà Vu, mas à luz do espiritismo estes são rudimentos de mediunidade, que podem estar relacionados ao que conhecemos como intuição ou lembranças de seres ou fatos que realmente já foram traçados para vivenciar, na vida presente ou rudimentos de vidas passadas, traço das vidas sucessivas, necessárias para nosso amadurecimento e importantíssimas para a evolução intelecto-moral.
José Herculano Pires, no Livro
Mediunidade, a define da seguinte forma: “Médium quer dizer medianeiro,
intermediário. Mediunidade é a faculdade humana, natural, pela qual se
estabelecem as relações entre homens e espíritos. Não é um poder oculto que se
possa desenvolver através de práticas rituais ou pelo poder misterioso de um
iniciado ou de um guru. A mediunidade pertence ao campo da comunicação.
Desenvolve-se naturalmente nas pessoas
de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do
mundo espiritual que nos cerca e nos afeta com as suas vibrações psíquicas e
afetivas.”
Neste conceito vale destacar o
alerta do escritor quando se preocupa com o fato da mediunidade ser utilizada
de forma inadequada, quando diz: “Não é um poder oculto que se possa
desenvolver através de práticas rituais ou pelo poder misterioso de um iniciado
ou de um guru.”
Mediunidade é coisa séria, um dom
concedido por Deus para que os revestidos por essa oportunidade devem honrar o
compromisso assumido de contribuir com a evolução da humanidade e ajudar irmãos
encarnados e desencarnados, dando amparo, compaixão, orientação e amor.
Edgard Armond, no livro Mediunidade, afirma que a mediunidade pode ser NATURAL ou de PROVA, onde explica: "À medida que se evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdades psiquicas e aumenta, consequentemente, sua percepção espiritual. A isso denominamos MEDIUNIDADE NATURAL. A muitos, entretanto, ainda que atrasados em sua evolução e moralmente incapazes, são concedidas faculdades psíquicas como graça. Não as conquistaram, mas receberam-nas de empréstimo, por antecipação, numa posse precária, que fica dependendo do modo como forem utilizadas, da forma pela qual o indivíduo cumprir a tarefa cujo compromisso assumiu, nos planos espirituais, ao recebê-la. A isso denominamos MEDIUNIDADE DE PROVA".
Edgard Armond, no livro Mediunidade, afirma que a mediunidade pode ser NATURAL ou de PROVA, onde explica: "À medida que se evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdades psiquicas e aumenta, consequentemente, sua percepção espiritual. A isso denominamos MEDIUNIDADE NATURAL. A muitos, entretanto, ainda que atrasados em sua evolução e moralmente incapazes, são concedidas faculdades psíquicas como graça. Não as conquistaram, mas receberam-nas de empréstimo, por antecipação, numa posse precária, que fica dependendo do modo como forem utilizadas, da forma pela qual o indivíduo cumprir a tarefa cujo compromisso assumiu, nos planos espirituais, ao recebê-la. A isso denominamos MEDIUNIDADE DE PROVA".
A Mediunidade pode se manifestar de
várias formas. Kardec classifica as diversas formas sensoriais, apresentadas
pelos médiuns, a saber:
Médiuns de efeitos físicos, Médiuns
sensitivos, Médiuns audientes, Médiuns falantes, Médiuns videntes, Médiuns
sonâmbulos, Médiuns curadores e Médiuns pneumatógrafos.
Os médiuns de efeitos físicos são
mais especialmente aptos a produzirem fenômenos materiais, tais como movimentos
dos corpos inertes, os ruídos, etc.
Os médiuns sensitivos são pessoas
suscetíveis de sentirem a presença dos espíritos por uma vaga impressão, uma
espécie de roçadura sobre todos os membros, da qual não podem se dar conta.
Nesta classificação de médiuns sensitivos Kardec chega define também como
impressionáveis e assim destaca: todos os médiuns são necessariamente
impressionáveis e a impressionabilidade, assim, é antes uma qualidade geral do
que especial, é a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de
todas as outras.
Os médiuns audientes são os que
ouvem a voz dos espíritos. E destaca: como dissemos, falando da pneumatofonia,
algumas vezes é uma voz íntima que se faz ouvir no foro interior; de outras
vezes é uma voz exterior, clara e distinta como a de uma pessoa viva.
Médiuns falantes são os que os
espíritos atuam sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns
escreventes. O espírito, querendo se comunicar, serve-se do órgão no encontra
mais flexibilidade no médium. Destaca que a passividade de um médium falante
não é sempre bastante completa; há os que a intuição do que dizem no próprio
momento em que pronunciam as palavras.
Os médiuns videntes são dotados da
faculdade de ver os espíritos. Há os que gozam dessa faculdade no estado
normal, quando estão perfeitamente despertos, e dela conservam uma lembrança
exata; outros não têm senão no estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo. O
codificador nos alivia informando que esta faculdade raramente é permanente e
é, quase sempre, o efeito de uma crise momentânea e passageira.
Quanto aos médiuns sonambúlicos,
afirma que o sonambulismo pode ser considerado como uma variedade da faculdade
medianímica, ou melhor dizendo, são duas ordens de fenômenos que, com muita
frequência, se encontram reunidas. O sonâmbulo atua sob a influência de seu
próprio espírito; é sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e
percebe fora dos limites dos sentidos; o que ele exprime, haure em si mesmo;
suas ideias são, em geral, mais justas do que no estado normal, seus
conhecimentos mais extensos, porque sua alma é livre.
Sobre médiuns curadores, Kardec
alerta ser um tema que exige maior aprofundamento no assunto, mas explica que
esse gênero de mediunidade consiste principalmente no dom que certas pessoas
têm de curar pelo simples toque, pelo olhar, por um gesto mesmo, sem o socorro
de nenhuma medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso não é outra coisa do que o
magnetismo.
Aos médiuns pneumatógrafos, dá-se
esse nome aos que são aptos a obterem a escrita direta, o que não é dado a
todos os médiuns escreventes. Esta faculdade, afirma Kardec, até o presente é
muito rara; se desenvolve provavelmente pelo exercício.
Entre tantas faculdades mediúnicas,
temos também que destacar, que na via do seu desenvolvimento e de sua
demonstração, a mediunidade pode ser mecânica, intuitiva, semi-mecânica,
inspirada ou involuntária e de pressentimento, que podem se apresentar através
da psicografia ou psicofonia.
A mediunidade mecânica ocorre
quando o médium não tem a menor consciência do que escreve ou comunica; a
inconsciência absoluta, neste caso constitui o que se chamam os médiuns
passivos ou mecânicos.
A mediunidade intuitiva ocorre
através do pensamento. O espírito neste caso não atua sobre a mão para fazê-la
escrever, não a toma, não a guia; ele age sobre a alma, com a qual se
identifica. Nesta circunstância, o papel da alma não é absolutamente passivo,
pois é ela que recebe o pensamento do espírito e que o transmite. Nesta
situação, o médium tem a consciência daquilo que escreve, embora não seja seu
próprio pensamento.
O Médium semi-mecânico participa
dos gêneros de mediunidade mecânica e intuitiva; sente uma impulsão dada à sua
mão, malgrado seu, mas, ao mesmo tempo, tem a consciência do que escreve, à
medida que as palavras se formam.
Toda pessoa que recebe, seja no
estado normal, seja no estado de êxtase, pelo pensamento, comunicações
estranhas às suas ideias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos
médiuns inspirados, que é uma variedade da mediunidade intuitiva.
Quanto à mediunidade de
pressentimento, destaca que é uma intuição vaga das coisas futuras. Certas
pessoas têm essa faculdade mais ou menos desenvolvida; podem devê-la a uma
espécie de segunda vista que lhes permite entreverem as consequências das
coisas presentes e a filiação dos acontecimentos.
Hermínio C. Miranda, nos alerta no
livro Diálogo com as Sombras que a mediunidade, longe de ser a marca da nossa
grandeza espiritual, é, ao contrário, o indício de renitentes imperfeições.
Representa, por certo, uma faculdade, uma capacidade concedida pelos poderes
que nos assistem, mas não no sentido humano, como se o médium fosse colocado à
parte e acima dos vis mortais, como seres de eleição. É, antes, um ônus, um
risco, um instrumento com o qual o médium pode trabalhar, semear e plantar,
para colher mais tarde, ou ferir mais uma vez, com a má utilização dos talentos
sobre os quais nos falam os evangelhos. O médium foi realmente distinguido com
o recurso da mediunidade, para produzir mais, para apressar ou abreviar o
resgate de suas faltas passadas. Não se trata de um ser aureolado pelo dom
divino, mas depositário deste dom, que lhe é concedido em confiança, para uso
adequado. Enfim: o médium utiliza-se de uma aptidão que não faz dele um
privilegiado, no sentido de colocá-lo, na escala dos valores, acima dos seus
companheiros desprovidos dessas faculdades.
Ainda no Livro dos Médiuns,
Capítulo XVII, item 220, Kardec traz um alerta quando questiona aos espíritos:
Qual a causa do abandono do médium pelos espíritos? Onde os espíritos respondem:
“O uso que ele faz da sua faculdade é o que mais influi sobre os bons
espíritos. Podemos abandoná-lo quando dela se serve para coisas frívolas ou com
objetivos ambiciosos; quando se recusa a transmitir nossa palavra ou nossos
fatos aos encarnados que os pedem ou que têm necessidade de ver para se
convencerem. Esse dom de Deus não é dado ao médium para que se divirta, e ainda
menos para servir à sua ambição, mas para seu próprio melhoramento e para fazer
conhecer a verdade aos homens. Se o espírito vê que o médium não responde mais
aos seus objetivos e não aproveita as instruções e as advertências que lhe dá,
se retira para procurar um protegido mais digno.”
Todavia, sabemos que a perfeição não
é inerente ao homem, em especialmente nós que habitamos no planeta terra,
classificado pelos espíritos como orbe em processo de “expiação e prova”. Mas
não podemos deixar de relatar que a busca contínua pela perfeição através do
esforço e aprimoramento das virtudes garantiremos a aproximação dos bons
espíritos, bem como ações que nos proporcionem o bem e a felicidade
tão necessários para harmonia e bem-estar.
Deste fato, no Capítulo XX do Livro
dos Médiuns, Kardec mais uma vez questiona aos espíritos: Qual seria o médium
que poderia chamar de perfeito? No que recebe a seguinte resposta: “Perfeito,
ah! Bem sabeis que a perfeição não está sobre a Terra, de outro modo que não
estaríeis nela; dizei, pois, bom médium, e isso já é muito, porque são muito
raros. O médium perfeito seria aquele ao qual os maus espíritos não tivessem
jamais ousado fazer uma tentativa para enganá-lo; o melhor é aquele que, não
simpatizando senão com os bons espíritos, foi enganado o menos frequentemente.”
E segue no item 227 afirmando: Se o
médium, do ponto de vista da execução, não é senão um instrumento exerce sob o
aspecto moral uma influência muito grande. Uma vez que, para se comunicar, o
Espírito estanho se identifica com o espírito do médium, essa identificação não
pode ocorrer senão quando há sobre o espírito estranho uma espécie de atração
ou de repulsão, segundo o grau de sua semelhança ou dessemelhança; ora, os bons
tem afinidade com os bons, e os maus com os maus; de onde se segue que as
qualidades morais do médium têm uma influência capital sobre a natureza dos
espíritos que se comunicam por seu intermédio.
Orienta a conselheira espiritual
Joanna de Ângelis, no Livro Momentos de Consciência:
A existência humana é um constante desafio.
Todo desafio propõe esforço para a luta.
Quando o ser recua num tentame, eis que perde a oportunidade de afirmar
os seus valores, a prejuízo do crescimento pessoal.
Cabe-lhe, portanto, logicar para agir, medir as possibilidades e
produzir, trabalhando pelo aprimoramento interior, que responde pela harmonia
psicofísica do seu processo evolutivo.
Desse modo, a superação dos conflitos se dará mediante o esforço ingente
oferecido pelo ser em evolução que se deixe plenificar.
Das muitas orientações dos amigos espirituais, desde a codificação de Allan Kardec, a livros complementares como os de Léon Denis, Emannuel, Joanna de Ângelis, J. Herculano Pires, Hermínio C. Miranda e Edgard Armond, destaco a grande necessidade da “Reforma Intima” como parceira para facilitar a aproximação deles, os espíritos amigos, e essencialmente do nosso anjo da guarda, para nos ajudar a cumprir a missão que assumimos perante Deus e velar por nós. No processo de reforma íntima, já aprendemos que fazendo as escolhas pelo bem, sendo humilde, perdoando, amando, fazendo caridade, criamos alicerces para a felicidade neste processo de transformação e aprendizado, e desta forma, poderemos ser aureolados com a proteção destes entes do amor e da bondade.
Para encerrar destaco Léon Denis,
no Ultimo capítulo do Livro no Invisível, o seguinte ensinamento:
“Um imenso trabalho em tal sentido
se realiza atualmente; uma obra considerável se elabora. O estudo aprofundado e
constante do mundo invisível, que o é também das causas, será o grande
manancial, o reservatório inesgotável em que se há de alimentar o pensamento e
a vida. A mediunidade é a sua chave. Por esse estudo chegará o homem à
verdadeira ciência e à verdadeira crença que não excluem mutuamente, mas que se
unem para fecundar-se; por ele também uma comunhão mais íntima se estabelecerá
entre vivos e os mortos, e socorros mais abundantes fluirão dos Espaços até
nós. O homem de amanhã saberá compreender e abençoar a vida; cessará de recear
a morte. Há de, por seus esforços, realizar na Terra o Reino de Deus, isto é,
de PAZ e de JUSTIÇA, e chegado ao termo da viagem, sua derradeira noite será
luminosa e calma como o ocaso das constelações à hora em que os primeiros
albores matinais se espraiam no horizonte.”
Que a graça de DEUS, nosso pai, nos
conceda a condição de médiuns servis e prontos para o serviço redivivo, tendo
como ferramenta de trabalho o amor incondicional, em nos aproximando deles,
traduzindo suas mensagens, dos irmãos da esfera imaterial, do além vida.
“LUZ DA CARIDADE A NOS GUIAR A
PLENITUDE DA VIDA QUE NÃO CESSA APENAS COM O CERRAR DOS OLHOS DA MATÉRIA E
CONTINUA COM A REVELAÇÃO DE QUE SOMOS ESPÍRITOS ETERNOS, TRANSITORIAMENTE
REVESTIDOS POR UMA VESTIMENTA QUE NOS SERVE COMO INSTRUMENTO PARA O APRENDIZADO
E PARA O APRIMORAMENTO NO CAMINHO PARA DA FELICIDADE SUPREMA.”
Fernando Oliveira – 17.04.2016.
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