Normalmente quando chegamos no final de cada ano, temos o hábito de, além dos demais meses do ano, pensar um pouco mais no próximo e com isso decidimos fazer o chamamos de caridade. Todavia, esquecemos que o ato de doar ou fazer algo pelo próximo deve ser contínuo.
Desta forma, para não esquecermos destes valores, tomo a liberdade de replicar o que temos no Livro O Evangelho Segundo o Espiritismo e na própria Bíblia, que a meu ver é suficiente para avaliarmos se estamos no caminho certo:
O
MAIOR MANDAMENTO:
Os
fariseus, tendo sabido que JESUS tapara
a boca dos saduceus, reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar,
propôs-lhe esta questão: – “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” – Jesus
respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma
e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o
segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei
e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” (S. MATEUS, 22:34 a
40.)
Fazei
aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a
lei e os profetas.(S. MATEUS, 7:12.)
Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos
tratassem.(S. LUCAS, 6:31.)
NECESSIDADE
DA CARIDADE, SEGUNDO S. PAULO
Ainda
quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se
eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; –
ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e
tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível,
até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. – E,
quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse
entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de
nada me serviria.
Agora,
estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre
elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios)
FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO
Meus
filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os
destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse
estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado
acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa
coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão.
Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se
acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos
de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de
si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem
os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o
Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por
isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo.
Levando-a
por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a
perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós
mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da
caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o
mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não
basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se
torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a
inércia e a despreocupação.
Meus
amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do
Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que,
ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos.
Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos
a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma
coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem
embargo da seita a que pertençam. – Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)
OS
OBREIROS DO SENHOR
Aproxima-se
o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da
Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com
desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão
pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus
irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor,
ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a
mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos
ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”
Mas,
ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da
colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão:
“Graça! graça!” O Senhor, porém, lhes dirá: “Como implorais graças, vós que não
tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos,
que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que
buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso
orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos
cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as
recompensas da Terra.”
Deus
procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o
dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o
salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas
é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração
pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últimos
e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.” – O Espírito de Verdade.
(Paris, 1862.)
Fica a pergunta final: Estamos sendo caridosos da forma correta de um bom Cristão?
Paz e Luz para todos!
Fernando Oliveira - 05/12/2015.
Paz e Luz para todos!
Fernando Oliveira - 05/12/2015.