sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Maledicências

“Quando a força do bem atua, o mal não existe”.

Jesus em sua infinita bondade trouxe um legado de informações e orientações, como numa cartilha de procedimentos que deveríamos adotar em nosso dia-a-dia.

Falou-nos sobre a humildade, o respeito, a amizade, o trabalho, a caridade e o amor.

No Evangelho Segundo o Espiritismo, temos em “Bem Aventurados os que têm puro o coração” a pergunta dos fariseus a Jesus sobre o fato dos discípulos não lavarem as mãos quando sentam à mesa para fazer a refeição. E Jesus lembra aos mesmos que devem honrar seu pai e sua mãe, fazendo uma alusão à forma como tratavam seus pais, contradizendo a lei de Deus. Ainda completa dizendo, este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Faz mais uma menção deixando claro sua sabedoria, quando diz: “Não é o que entra pela boca o que faz imundo o homem, mas o que sai da boca, isso é o que faz imundo o homem”.

Aí encontramos uma maledicência, pois estes faziam julgamento das atitudes tomadas pelos discípulos em detrimento dos seus comportamentos nada complacentes com os seus próximos mais próximos que no caso eram seus pais e esqueciam um dos mandamentos de Deus.

Cada atitude, cada ação, cada pensamento é gerador de força que nada mais é que energia. Tudo que gira ao nosso redor são energias e todas as fontes energéticas estão contidas no Fluido Cósmico Universal, onde nós também somos parte.

Tudo no universo é fonte de energia como o ar, o sol, a água, o mar. O homem transmite seu teor energético através, da transpiração, respiração e o pensamento. O nosso pensamento pode se materializar e de acordo com o mesmo, pode gerar situações tão agradáveis quanto infelizes.

Diz Allan Kardek na Revista Espírita do ano de 1967: “Pelo só fato da presença dos encarnados numa assembleia, os fluidos serão bons ou maus. Quem quer que traga consigo pensamentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de animosidade, de cupidez, de falsidade, de hipocrisia, de maledicência, de malevolência, numa só palavra, pensamentos hauridos nas fontes das más paixões, espalha em torno de si eflúvios fluídicos enfermiços, que reage sobre os que cercam. Ao contrário, numa assembleia em que cada um só trouxesse sentimentos de bondade, de caridade, de humildade, de devotamento desinteressado, de benevolência e de amor ao próximo, o ar é impregnado de emanações salubres, em meio às quais se sente viver mais a vontade”.

Diante de fatos não há argumentos! Nosso irmão de Lion deixa claro o quanto precisamos melhorar em atitudes e comportamentos. Esclarece que sendo nós a fonte fluídica geradora das energias que provocamos através dos nossos pensamentos, não podemos esperar a felicidade se pensamos em tristeza, não podemos esperar a saúde se pensamos na doença, não podemos esperar a paz se estamos constantemente em conflito e guerra com o próximo.

Temos uma opção: Ou somos bons ou maus. Certamente que ser maledicente não é a melhor opção, tendo em vista que com o mal a felicidade se afasta; Com o mal não temos saúde nem psíquica, nem física; com o mal os amigos são ausentes, exceto aqueles que são tão sofredores e mal informados quanto os nossos sentimentos doentes.

Pior ainda, é constatar que além dos seres encarnados, podemos nos associar a seres do plano invisível e evidentemente que não serão boas companhias tendo em vista nível vibracional, e que oferecemos para seu contato e a sintonia em pensamentos doentes e enfermiços tão bem explicado por Allan Kardec. De certo que contra estas forças não temos muitas vezes como nos proteger tendo em vista a nossa impossibilidade de muitas vezes não as percebermos de forma muito evidentes, pois as mesmas não são efetivamente materiais, mas que influenciam fortemente sobre nós matéria.

Só há uma forma de combater as maledicências: purificar os nossos pensamentos, mudar a forma de nos comportar.

No Evangelho Segundo o Espiritismo, temos outra prova das maledicências, quando um grupo de homens chega a Jesus com uma mulher afirmando que foi pega e em adultério e lembram a lei mosaica quando sugere que deveria ser apedrejada. Jesus, que se encontrava escrevendo sobre a areia, continua a escrever e levantou-se e afirmou: “Se alguém entre vós não tiver nenhum pecado atire a primeira pedra”. Então todos, um a um começaram a afastar-se e ao final ficou apenas Jesus e a mulher, quando o mestre a perguntou: mulher onde estão os que te acusavam. A mulher respondeu que todos partiram e então Jesus lhe disse: Eu não tenho porque te acusar. Segues e não peques mais.

Então porque julgar, quando nos esquecemos das nossas fraquezas morais? Porque não percebemos que temos muito que contribuir para nossa melhoria e do nosso próximo quando nos disponibilizamos a ajudar ao mais necessitado? Em vez de ser maledicente, porque não ser benevolente?

E dizia Jesus: “Hipócritas! Até quando viverei entre vós?” O que queria dizer o nosso mestre? Não estamos vendo com clareza seu chamado às virtudes? Até quando estaremos nos impedindo de crescer, atrasando nosso processo de evolução espiritual? O que nos falta?

Nos falta o amor, a prática do bem, da humildade, do respeito, da doação irrestrita.

Falta-nos refletir sobre nossos comportamentos e dar apenas o primeiro passo, num processo de melhoria contínua, deixando morrer o homem velho e fazendo nascer o homem novo em simplicidade, em generosidade, em CARIDADE FILIAL.

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