Queridos irmãos, que
DEUS nosso pai amado e nosso irmão maior, o Divino mestre Jesus, nos ajude a
conduzir com simplicidade o tema de nossa conversa de hoje: “O orgulho e a
humildade”.
Está escrito no Evangelho Segundo o
Espiritismo em seu capítulo VII, itens 11 e 12, a abordagem deste tema. Copio
este livro com a seguinte mensagem: “O orgulho é o terrível adversário da
humildade”.
Fomos orientados durante toda nossa
vida a realizarmos nossas conquistas. Todos de alguma forma almejamos em nossa
vida sermos ricos, ter posses, bens materiais, casa, carro, roupas bonitas,
joias, dinheiro.
A nossa sociedade vive envolvida
pelo desejo desenfreado do consumismo, junto ao capitalismo.
Ora meus irmãos! Se eu vos disser
que não devemos obter nossos bens estaria talvez sendo incoerente com uma
necessidade natural do nosso próprio desenvolvimento. Mas não posso deixar de
vos falar que precisamos dos bens dentro de um patamar de razoabilidade, onde o
mais importante seria atender às nossas necessidades básicas.
Não
estou aqui querendo criar ou destruir dogmas em torno dos nossos anseios
pessoais vinculados ao materialismo, mas devo vos alertar que o excesso gera
cobiça, cobiça gera conflitos, conflitos gera desamor, desamor gera egoísmo,
egoísmo gera o orgulho e o orgulho nos impossibilita de sermos humildes.
Está
nas escrituras sagradas: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é
o reino dos céus.” (Mateus – Cap. V v3)
O
que seria então, meus bons irmãos, a pobreza de espírito?
Seria
por acaso a pobreza material?
Seria
por acaso a abstinência total de nossas conquistas?
Não
meus bons irmãos. Observem que mencionei algumas vezes a expressão: “Meus bons
irmãos”.
Pobreza
de espírito é ser bom. É ser humilde. É olhar com simplicidade para aquele que
nos estende as mãos pedindo ajuda, pedindo consolo. É tirar as traves da nossa
vista para abdicar sim do nosso orgulho que de nobre nada tem e nos deixa na
cegueira completa sem identificar nossas fraquezas, nossas falhas.
Está
também no Evangelho Segundo o Espiritismo: “A humildade é uma virtude bem
esquecida entre vós; Os grandes exemplos que vos foram dados são bem pouco
seguidos e, todavia, sem a humildade, podeis ser caridosos para com o vosso
próximo”?
É
certo que sem a humildade não enxergamos nenhum dos nossos defeitos e muito
menos conseguimos perceber que bem perto de nós tem alguém precisando de um
ombro amigo.
É
preciso começar por um exame de consciência. Olhar no fundo de nossa alma e
identificar que o maior motivo de não sermos humildes é o nosso doente e triste
orgulho.
E
como consertar o que está com defeito?
Não
é como uma máquina que quando dá defeito ou trocamos uma peça ou então
decidimos descartar. Estamos falando de gente, de ser humano e aí entra em
primeira instância o nosso desejo sincero de mudar. Seria isto o que chamamos
de reforma íntima. Um processo contínuo de transformação moral.
Veja
que de imediato este peso que está sobre nosso ombro nos dará um leve
refrigério. E por nos sentirmos mais aliviados podemos pensar que é suficiente.
Não,
não é. Lentamente vá mudando sua forma de pensar, sua forma de agir. Saia da
posição de vítima e reconheça que de alguma forma você mesmo está contribuindo
para muitos dos problemas que aconteceram ou ainda acontecem em sua vida, seja
de ordem material, ou de ordem emocional, quando assim envolve o outro.
E
agora o que faço já que percebi que eu não sou detentor da razão?
Agora
deixe o orgulho de lado, gerado por nossa vaidade. Faça o que é certo, seja
humilde!
Comece
pedindo ajuda. Procure DEUS. Faça uma prece. Fale com nosso pai. Permita sentir
a presença imediata do seu amigo espiritual, seu anjo guardião. Respire
suavemente, encha seus brônquios e pulmões com esta atmosfera de paz e harmonia
que emana do universo, criado por ninguém menos que nosso Pai. Relaxe seu corpo
e comece a raciocinar.
Quando
estamos em conflito a voz da razão some e o que fica é a voz das tribulações.
Inquietante e muito desagradável. E a única forma de dissipar esta energia é estar
em comunhão com DEUS.
Quando
um não quer, dois não brigam. Foi assim que aprendemos em nossa vida. E nem
sempre o nosso conflito é com alguém de carne e osso. Às vezes os nossos
conflitos são com um amigo do invisível, com um irmão espiritual e que por
falhas de nosso passado espiritual nos comprometemos e a única forma de provar
a este irmão que realmente mudamos é combatendo nossas fraquezas morais e
logicamente exercendo constantemente a humildade.
Se
eu tenho amor no coração, eu tenho paz de espírito!
Desta
forma eu percebo que posso ser feliz, então está na hora de mudar!
Sejamos
todos pobres de espírito, como está no evangelho. Sejamos humildes. E mesmo
achando que não deve, peça desculpa, peça perdão a quem você prejudicou.
Tudo
começa a mudar. Veja que o sol começa a surgir em sua presença, a iluminar, e
assim você começa a perceber que ser humilde faz bem a você e melhor ainda faz
bem as pessoas que amamos.
Não
para por ai. É um processo contínuo de transformação. Mas como disse o Mestre
Jesus: Orai e Vigiai. Ajuda-te e o Céu te ajudará. Pedi e dar-se-vos-á. Por que
aquele que pede será atendido.
Mas
pedes com fé, confiando no amor incondicional que só o nosso Pai amado DEUS
sabe dar.
E
como sempre acontece, após uma noite de escuridão, surge um novo dia iluminado,
com o sol da esperança, da renovação, da paz, trazendo a felicidade a nos
harmonizar. Nós espíritos em processo de prova e expiação neste caminho único a
seguir: o da evolução ao encontro de DEUS.
Muita
paz!
Fernando
Oliveira
Palestra realizada em 17.03.2012 no Grupo Espirita Caminho para o Progresso na Vila Peri.
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