domingo, 18 de março de 2012

O Orgulho e a Humildade

Queridos irmãos, que DEUS nosso pai amado e nosso irmão maior, o Divino mestre Jesus, nos ajude a conduzir com simplicidade o tema de nossa conversa de hoje: “O orgulho e a humildade”.
            Está escrito no Evangelho Segundo o Espiritismo em seu capítulo VII, itens 11 e 12, a abordagem deste tema. Copio este livro com a seguinte mensagem: “O orgulho é o terrível adversário da humildade”.
            Fomos orientados durante toda nossa vida a realizarmos nossas conquistas. Todos de alguma forma almejamos em nossa vida sermos ricos, ter posses, bens materiais, casa, carro, roupas bonitas, joias, dinheiro.
            A nossa sociedade vive envolvida pelo desejo desenfreado do consumismo, junto ao capitalismo.
            Ora meus irmãos! Se eu vos disser que não devemos obter nossos bens estaria talvez sendo incoerente com uma necessidade natural do nosso próprio desenvolvimento. Mas não posso deixar de vos falar que precisamos dos bens dentro de um patamar de razoabilidade, onde o mais importante seria atender às nossas necessidades básicas.
Não estou aqui querendo criar ou destruir dogmas em torno dos nossos anseios pessoais vinculados ao materialismo, mas devo vos alertar que o excesso gera cobiça, cobiça gera conflitos, conflitos gera desamor, desamor gera egoísmo, egoísmo gera o orgulho e o orgulho nos impossibilita de sermos humildes.
Está nas escrituras sagradas: “Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.” (Mateus – Cap. V v3)
O que seria então, meus bons irmãos, a pobreza de espírito?
Seria por acaso a pobreza material?
Seria por acaso a abstinência total de nossas conquistas?
Não meus bons irmãos. Observem que mencionei algumas vezes a expressão: “Meus bons irmãos”.
Pobreza de espírito é ser bom. É ser humilde. É olhar com simplicidade para aquele que nos estende as mãos pedindo ajuda, pedindo consolo. É tirar as traves da nossa vista para abdicar sim do nosso orgulho que de nobre nada tem e nos deixa na cegueira completa sem identificar nossas fraquezas, nossas falhas.
Está também no Evangelho Segundo o Espiritismo: “A humildade é uma virtude bem esquecida entre vós; Os grandes exemplos que vos foram dados são bem pouco seguidos e, todavia, sem a humildade, podeis ser caridosos para com o vosso próximo”?
É certo que sem a humildade não enxergamos nenhum dos nossos defeitos e muito menos conseguimos perceber que bem perto de nós tem alguém precisando de um ombro amigo.
É preciso começar por um exame de consciência. Olhar no fundo de nossa alma e identificar que o maior motivo de não sermos humildes é o nosso doente e triste orgulho.
E como consertar o que está com defeito?
Não é como uma máquina que quando dá defeito ou trocamos uma peça ou então decidimos descartar. Estamos falando de gente, de ser humano e aí entra em primeira instância o nosso desejo sincero de mudar. Seria isto o que chamamos de reforma íntima. Um processo contínuo de transformação moral.
Veja que de imediato este peso que está sobre nosso ombro nos dará um leve refrigério. E por nos sentirmos mais aliviados podemos pensar que é suficiente.
Não, não é. Lentamente vá mudando sua forma de pensar, sua forma de agir. Saia da posição de vítima e reconheça que de alguma forma você mesmo está contribuindo para muitos dos problemas que aconteceram ou ainda acontecem em sua vida, seja de ordem material, ou de ordem emocional, quando assim envolve o outro.
E agora o que faço já que percebi que eu não sou detentor da razão?
Agora deixe o orgulho de lado, gerado por nossa vaidade. Faça o que é certo, seja humilde!
Comece pedindo ajuda. Procure DEUS. Faça uma prece. Fale com nosso pai. Permita sentir a presença imediata do seu amigo espiritual, seu anjo guardião. Respire suavemente, encha seus brônquios e pulmões com esta atmosfera de paz e harmonia que emana do universo, criado por ninguém menos que nosso Pai. Relaxe seu corpo e comece a raciocinar.
Quando estamos em conflito a voz da razão some e o que fica é a voz das tribulações. Inquietante e muito desagradável. E a única forma de dissipar esta energia é estar em comunhão com DEUS.
Quando um não quer, dois não brigam. Foi assim que aprendemos em nossa vida. E nem sempre o nosso conflito é com alguém de carne e osso. Às vezes os nossos conflitos são com um amigo do invisível, com um irmão espiritual e que por falhas de nosso passado espiritual nos comprometemos e a única forma de provar a este irmão que realmente mudamos é combatendo nossas fraquezas morais e logicamente exercendo constantemente a humildade.
Se eu tenho amor no coração, eu tenho paz de espírito!
Desta forma eu percebo que posso ser feliz, então está na hora de mudar!
Sejamos todos pobres de espírito, como está no evangelho. Sejamos humildes. E mesmo achando que não deve, peça desculpa, peça perdão a quem você prejudicou.
Tudo começa a mudar. Veja que o sol começa a surgir em sua presença, a iluminar, e assim você começa a perceber que ser humilde faz bem a você e melhor ainda faz bem as pessoas que amamos.
Não para por ai. É um processo contínuo de transformação. Mas como disse o Mestre Jesus: Orai e Vigiai. Ajuda-te e o Céu te ajudará. Pedi e dar-se-vos-á. Por que aquele que pede será atendido.
Mas pedes com fé, confiando no amor incondicional que só o nosso Pai amado DEUS sabe dar.
E como sempre acontece, após uma noite de escuridão, surge um novo dia iluminado, com o sol da esperança, da renovação, da paz, trazendo a felicidade a nos harmonizar. Nós espíritos em processo de prova e expiação neste caminho único a seguir: o da evolução ao encontro de DEUS.
Muita paz!

Fernando Oliveira

Palestra realizada em 17.03.2012 no Grupo Espirita Caminho para o Progresso na Vila Peri.

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