domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Paciência

Queridos irmãos, estamos aqui diante de um grande ensinamento da lei do amor: A PACIÊNCIA.
Trás o Evangelho Segundo o Espiritismo estas ricas palavras doutrinárias, lembrando que a paciência também é caridade e que devemos praticá-la em nosso dia-a-dia.
Praticar sem as traves do nosso preconceito, do nosso egoísmo, de nossas presunções.
Lembrando que o nosso mestre Jesus sempre que recebia qualquer questionamento feito pelos apóstolos ou outros irmãos que o seguiam, Ele humildemente, usando da PACIÊNCIA, trazia um novo ensinamento para nossas vidas. E numa dessas abordagens, sendo questionado sobre o amor, respondeu: ”que o amor nos aproxima de DEUS”. Que amando ao nosso próximo estaríamos evidentemente amando a DEUS. Ricamente mostra que amor não limites, quando lembra que amar ao próximo também é amar ao inimigo. É amar aquele que por algum motivo, em alguma situação, teria nos feito algum mal. Nos mostra desta forma que ai estaríamos praticando a PACIÊNCIA, associada à humildade, a resignação, a simplicidade. Eliminando assim os nossos desafetos. Parece algo difícil de realizar, mas tenha certeza meus irmãos, não é impossível.
Diz o dicionário Wikipedia, que a Paciência dentre as sete virtudes, é a mais difícil de desenvolver, mas se uma vez desenvolvida, esta traz inúmeros benefícios.
E de que forma, meus irmãos, podemos praticar a paciência? A resposta é simples, começamos em casa, com nossos entes mais próximos que talvez por processos expiatórios e compromissos assumidos antes de nossa encarnação atual decidimos estar juntos para aprender, resignar e nos depurarmos, enquanto espíritos para alcançar a redenção e a purificação diante de Deus nosso pai.
É um marido ou esposa que nos irrita, é um filho que nos preocupa, é o irmão que nos incomoda, é o sogro a sogra que nos testam, é o cunhado a cunhada que está sempre nos provocando. Não podemos tratar naturalmente isso como regra, mas já paramos para refletir que o acaso não existe? E que se estamos vivendo em conjunto com estas pessoas, devemos acalmar nossos corações e através de uma conexão simples com Deus e nossos amigos espirituais, nosso anjo da guarda, através de uma simples prece, uma oração, pedindo auxílio, rogando por ter calma, resignação, humildade e acima de tudo paciência pra suportar as aflições do dia-a-dia, as dores que nos fazem muitas vezes as escondida chorar, as preocupações dos desvios das pessoas que por benevolência de Deus nos permitiu estar nesta encarnação espiando conosco, trazendo a dor e o sofrimento pra nossas vidas e assim a purificação dos nossos sentimentos.
Muitas vezes em vez de retrucar, devíamos apenas parar para ouvir, como bem traz o nosso irmão Manoel Philomeno de Miranda em seu livro Atendimento Fraterno: “Ouvir é mais produtivo que falar, em todos os níveis. A pessoa que sabe ouvir é mais simpática, conquista o interlocutor, acima de tudo, acrescenta ao seu próprio patrimônio cultural a informação que o outro exterioriza.”
Com isso podemos afirmar que muitos conflitos que nos deparamos poderiam ser resolvidos com um simples diálogo, mas sempre deixando o outro expor sua opinião e respeitando, para por fim externar nossa concepção sobre qualquer fato que nos aflige. Aí estará também sendo paciente.
Questionar Deus nessas horas é muito comum! E porque não questionamos a nós mesmos? Onde estou errando? Porque eu sou assim? Porque não faço melhor? Porque não uso de meu amor em benefício deste irmão e por fim em meu benefício próprio.
Ser paciente é ter controle sobre nossas ações, nosso comportamento, ter calma, ser tolerante, ser benevolente. É superar nossas tendências para tantas fraquezas que por falta de controle emocional não conseguimos reagir trazendo em detrimento do erro o acerto.
E se a paciência sendo este grande agente para nos burilar, como o nosso irmão dos gentios, Paulo de Tarso, tanto nos falava, através a caridade como caminho para nossa salvação e forma de acesso a DEUS, façamos urgente esta transformação em nossos corações e por fim estaremos merecedores do perdão DEUS, da sua bondade.
Não existe um padrão convencional para saber até onde podemos ser pacientes. Mas posso trazer de volta aqui o Evangelho segundo o espiritismo, em seu capítulo 9 – item 7, no parágrafo final que diz:
“Coragem, amigos! O Cristo é o vosso modelo; sofreu mais do que qualquer um de vós e não tinha nada de que pudesse ser acusado, enquanto que vós tendes vosso passado a expiar e tendes de vos fortalecer para o futuro. Sede pois, pacientes; sede cristãos, esta palavra resume tudo.”
E para finalizar, eu vos lembro a Oração do nosso irmão de Assis que resume de várias formas como devemos praticar a paciência em nossa vida:


Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

Assim Seja meus irmãos!

Palestra realizada no Grupo Espírita Caminho Para o Progresso na Vila Peri em 04.02.2012.
Fernando Oliveira.
 

Um comentário:

  1. Amigo Fernando,
    Sábias palavras, fortes lições. Sua palestra traz a tona o poder transformador da paciência, e de como o seu exercício pode auxiliar encarnados e desencarnados, no processo de evolução espiritual.
    Parabéns e que a paz esteja sempre contigo.

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