"Vigiai e orai, para não cairdes em tentação." - Jesus.
MATEUS, 26:41
Tratar
o tema “Orai e Vigiai” me faz refletir sobre o sentido e a motivação da oração,
assim como os benefícios, a forma de orar e por fim termos instrumentos para
através dela nos blindarmos do enfraquecimento, das fragilizações que nós
espíritos em processo de renovação precisamos ter para manter a vigilância e
continuar este processo de transformação tão necessário, realizando a cada dia
nosso encontro com Cristo.
Mas como definir a oração?
Segundo o Dicionário Informal da Internet, oração é a aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou pensamento. Inclui confissão, adoração, comunhão, gratidão, petição pessoal e intercessão pelos outros.
O que o Espiritismo nos trás sobre a oração?
“A prece é uma invocação. Ao fazê-la o homem entra em comunicação pelo pensamento com o ser ao qual se dirige; pode ser para pedir, para agradecer ou para glorificar. Podemos orar por nós mesmos, por outras pessoas, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução das vontades d'Ele, e as que são dirigidas aos bons Espíritos são igualmente levadas a Deus. Quando oramos para outros seres que não a Deus, é somente na qualidade de intermediários que eles as recebem, pois nada pode se realizar sem a vontade de Deus.” (ESSE-Cap. 27 – Item 9)
Observando esta definição dada para oração no Evangelho Segundo o Espiritismo
chegamos à conclusão que inevitavelmente a oração nos faz bem. E isso é
esclarecido com a continuação ainda no capítulo 27 que é a seguinte: “Pela
prece, o homem atrai para si o auxílio dos bons Espíritos que o vêm sustentar
nas suas boas resoluções e lhe inspirar bons pensamentos. Ele adquire assim a
força moral necessária para vencer as dificuldades e voltar ao bom caminho, se
dele se afastou. Dessa forma, pode desviar de si os males que atrairia devido
às suas próprias faltas.”
No entanto, sabemos orar? Como rezamos?
Fomos criados dentro de contextos religiosos que nos indicam que devemos
ter guardadas em nossa mente, como forma de proteção, algumas orações, como o “Pai
Nosso” e “Ave Maria”, não é? Sem duvida que estas orações são importantíssimas,
mas nos damos conta do que elas representam? O que cada palavra ou frase
construída nestas orações tem de impacto sobre nossa vida? Responsabilizamos-nos
ao rezar, diante de Deus, sobre os compromissos que estas orações nos convocam?
Ai onde está a questão. Veja o que temos no Evangelho:
“A forma não é nada, o pensamento é tudo. Cada um deve orar conforme suas convicções e do modo que mais lhe agrade, e que mais vale um bom pensamento do que muitas palavras que não tocam o coração.” (ESSE-Cap. 28 – Item 1)
Aí está uma grande lição. Nem sempre orações
gravas representam nossos sentimentos ou mesmo nossas verdadeira necessidades.
É claro que estas necessidades devem suprir essencial as coisas do espírito,
pois as coisas da matéria devem ser conquistadas com nosso próprio esforço.
E mais: “Quando orardes, não
vos assemelheis aos hipócritas que fingem orar, ao ficarem em pé nas sinagogas
e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens.” (ESSE-Cap. 27 – Item 1)
Orar é um ato de contrição onde apresentamos
reservadamente para Deus nosso arrependimento, nossas dores, aflições e principalmente
nossa gratidão por sua generosidade conosco.
Conforme já dito, a oração nos aproxima de Deus, dos bons espíritos que
são os mensageiros da luz. A oração nos dá refrigério, acalma, conforta,
fortalece.
Como na oração os bons espíritos, enviados por Deus, vem em nosso
socorro, nos inspiram resignação, confiança, fé e nos dão força para continuar
nossa caminhada.
A oração leva auxílio àqueles para quem rogamos.
E Deus realmente atende nossas preces? Como?
Primeiro devemos compreender que qualquer oração é abastecida por um
componente indispensável que é a FÉ. Sem fé, sem confiança no refrigério que
Deus nos oferece, nada tem sentido. Afinal não foi Jesus que afirmou aos
doentes que “A tua fé te curou”? Ele afirmava isso acertadamente, pois não poderia
fazer nada se àquele que procurava a cura dos seus males não acreditasse que
Deus poderia o assistir.
No entanto, Deus espera de nós algo mais, pois se precisamos dele
devemos dar como retorno a nossa reforma íntima, o esforço em ser melhor, não
fazer o mal para merecer o bem. Jesus também afirmou a mulher adúltera: “Vá e
não peques mais”! Deu a ela a responsabilidade de continuar feliz ao contar com
o concurso da proteção do Pai, da sua indulgência, mas evidentemente que com
uma condição, não pecar.
E tudo isso está inserido num contexto bem simples: “O Merecimento”.
Temos que fazer por merecer o bem. Temos que agir com coerência, respeitar as
leis Divinas.
E assim entramos no conceito da vigilância. Temos que nos proteger
muitas vezes de nós mesmos, pois na maioria das vezes somos nós que nos
proporcionamos os desconfortos de nossas vidas, devido as nossas condutas,
comportamentos, escolhas, atitudes.
A vigilância é o ato de estar continuamente
combatendo nossas imperfeições e buscando através da transformação moral elevar
nossos sentimentos e pensamentos para estar em sintonia com Deus e os bons
espíritos.
E devemos constantemente realizar nossas
mudanças renunciando ao ódio, a inveja, o orgulho, vaidade, desamor, renovando
nosso coração com a humildade, a paciência, a fé, a compaixão, o perdão,
resignação, amor ao próximo e principalmente a caridade.
Orai e vigiai! Mas fazeis isso consciente que
tudo depende exclusivamente de você mesmo, que será o responsável por promover
a felicidade na sua vida! Sejamos todos felizes! Façamos brilhar a nossa luz!
Muita paz!
Fernando Oliveira 01.06.2018
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