Século XIX, o século das grandes descobertas científicas. Século da criação da locomotiva a vapor, em 1813, por Richard Trevithick. E outras invenções como
a Máquina de Costura, em 1830, pelo alfaiate francês Barthélemy Thimmonier; O
código morse e o telégrafo, em 1835, por Samuel Morse; O telefone em 1860, pelo
Italiano Antonio Meucci. O mesmo século que quase no seu desfecho, em 1879, nos
trouxe a descoberta das lâmpadas incandescentes comercializáveis, de Thomas
Edson. O século das grandes invenções.
O mesmo século em que nasceram: Charles Darwin, Santos Dumont, Allan Kardec, Camille Flammarion, Grabriel Delanne, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Bezerra de Manezes, Albert Einstein, Sigmund Freud, Eurípedes Barsanulfo e Vianna de Carvalho. Século do surgimento do Espiritismo!
O mesmo século em que nasceram: Charles Darwin, Santos Dumont, Allan Kardec, Camille Flammarion, Grabriel Delanne, Léon Denis, Ernesto Bozzano, Bezerra de Manezes, Albert Einstein, Sigmund Freud, Eurípedes Barsanulfo e Vianna de Carvalho. Século do surgimento do Espiritismo!
Quando em março de 1848, em Hydesville, vilarejo a oeste do estado de Nova York, numa simples choupana, onde moravam as meninas Kate e Maggie e seus pais John e Margaret Fox, registraram pancadas inexplicáveis que passaram a sacudir a casa da família Fox. Estalidos, movimentos de objetos, pancadas.
Estes ruídos e movimentos passam a ser registrados por todo
mundo, vindo assim a despertar a curiosidade do então professor Hippolite Léon
Denizard Rivail, o Sr. Allan Kardec. Na época um pouco cético destes fatos,
pois atribuíam estes fatos aos espíritos. No entanto o Sr. Rivail tinha a
teoria de que isso se referia a força magnética das pessoas que estavam
envolvidas com estes fatos, estudioso que era do magnetismo na época. E para
tanto precisava pesquisar, avaliar, comprovar, ser convencido que de fato se
tratavam de manifestações espirituais.
Começou então as primeiras reuniões como processo
investigativo, pois já havia o fato das mesas que giravam. Eram muitas
conjecturas, muitos ruídos, precisavam ser desmistificados.
O Sr. Allan Kardec cria um grupo de pessoas que poderiam
contribuir com estas verificações, entre eles alguns ditos médiuns, a Sra.
Plainemaison e estudiosos como ele dispostos a encarar os rodopios e o
movimento das mesas, como objetos de estudo e não como meio de diversão.
Era o ano de 1855, e na casa da Sra. Plainemaison, estavam
todos reunidos em volta de uma mesa, mãos espalmadas sobre a madeira, uma prece
iniciando a sessão, longo período de silêncio e espera. O Sr. Rivail já
ensaiava a ideia de ir embora, quando de repente ouviram estalidos sobre os tacos e testemunharam o primeiro movimento
da mesa.
Meus irmãos esta é apenas uma preleção para entrarmos no tem
ao qual nos trás aqui: Espiritualismo e Espiritismo.
Deste conteúdo anteriormente citado há muito a se conhecer,
para o qual recomendo aprofundado estudo, no entanto, não podia deixar de
mencionar a personalidade de Allan Kardec, estudioso, com características
marcantes, onde necessitava da certeza para poder, então, abraçar uma causa tão
séria e de tamanha responsabilidade, que é o Espiritismo. E não podia ser outra
pessoa. O Sr. Allan Kardec foi devidamente escolhido, por Jesus e a
espiritualidade maior para esta missão.
Para se designarem coisas novas são precisos termos novos,
assim começa o Livro dos Espíritos, lançado no ano de 1857, por Allan Kardec.
Desta forma, iniciamos
nosso estudo esclarecendo que o
espiritualismo é o oposto do materialismo. Quem quer que acredite haver em si
alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. No entanto, não significa
dizer que quem é espiritualista acredita na existência dos espíritos e na
possibilidade da comunicação com o invisível.
A doutrina espírita ou o Espiritismo tem por
princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo
invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou os espiritistas
assim afirmou Kardec.
Diante destas definições, podemos afirmar que certamente
todas as religiões a principio são espiritualistas, sejam elas:
Afro-Brasileiras, Catolicismo, Protestantismo, Budismo, Espiritismo,
Mormonismo, Testemunha de Jeová, entre outras.
Este esclarecimento inicial procede, pois muitos, por
desconhecimento, afirmam, por exemplo, que as religiões afro-brasileiras, como
candomblé, umbanda, etc., são espíritas, fato este que não é verdade. Sem
dúvida alguma são espiritualistas. Podem sim acreditar na comunicabilidade dos
espíritos e suas diversas formas de manifestações, no entanto o que fundamenta
o Espiritismo é o seu tríplice aspecto: religioso, filosófico e científico.
O Espiritismo enquanto ciência vem revelar
aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo
espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo.
O caráter
filosófico do Espiritismo está, portanto, no estudo que faz do Homem, sobretudo
Espírito, seus problemas, sua origem, sua destinação.
O Espiritismo
é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como
ciência prática, ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os
Espíritos; como filosofia, ele compreende todas as consequências morais que
dimanam dessas mesmas relações.
O Espiritismo
repousa sobre as bases fundamentais da religião e respeita todas as crenças. O
Espiritismo fundamenta-se essencialmente nos ensinamentos de Jesus e seus princípios
de amor e caridade como forma de transformação e renovação da humanidade.
O Espiritismo
é uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como qualquer filosofia
espiritualista, pelo que forçosamente vai ter às bases fundamentais de todas as
religiões: Deus, a alma e a vida futura. Mas, não é uma religião constituída,
visto que não tem culto, nem rito, nem templos e que, entre seus adeptos,
nenhum tomou, nem recebeu o título de sacerdote ou de sumo-sacerdote. Assim
afirma Allan Kardec, no Livro Obras póstumas, em Ligeira resposta aos
detratores do espiritismo.
Assim, de
acordo com Allan Kardec, podemos afirmar o tríplice aspecto do Espiritismo
como:
a) Científico
– concernente às manifestações dos Espíritos; Estudo e comprovação da
existência dos espíritos a comunicabilidade com os homens;
b) Filosófico
– Diz respeito aos princípios, inclusive morais, em que se assenta a sua
doutrina;
c) Religioso –
relativo à aplicação desses princípios.
Dentro destes contextos, devemos destacar que a Doutrina Espírita
se fundamenta sobre seis princípios básicos:
1 – A certeza da existência de Deus;
2 – A imortalidade da alma;
3 – A pluralidade das existências, ou seja, a reencarnação;
4 – A pluralidade dos mundos habitados;
5 – A comunicabilidade com os espíritos; e
6 – A crença no Evangelho de Jesus.
Diferente das religiões espiritualistas o Espiritismo usa da
racionalidade para comprovar a existência dos espíritos, usando como base
fundamental Deus, o criador de todas as coisas, soberanamente bom e justo e nos
dá como base sólida os ensinamentos de Jesus e sua doutrina de amor. Abre
espaço para uma certeza incontestável que a vida é apenas uma passagem
necessária para a evolução dos espíritos, que transitoriamente revestidos por
um corpo físico, necessitamos aprender suas lições para buscarmos continuamente
a nossa transformação moral na trilha da perfeição. O destino de todos nós,
Espíritos, é a vida futura. Que hoje é consequência do ontem e que o amanha
será consequência do hoje. Que serão por nossas obras que teremos a conquistas
dos méritos, não materiais, imperecíveis, a recompensa da paz suprema, da
harmonia e de uma felicidade que apenas àqueles que conseguirem ver a luz do
Amor Maior, poderemos finalmente ser convidados a sentarmos ao lado do Pai.
Fernando Oliveira - 22/06/2018.
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