domingo, 19 de agosto de 2018

COMO SER MENOS EGOÍSTA


Este tema aqui abordado tem características bem claras de seminário, visto que iremos fazer reflexões que ficam num contexto que devemos levar para vida prática e desenvolver uma proposta de entendimento do nosso próprio ser e ao mesmo tempo das mudanças de comportamento e atitudes que precisamos fazer.
Vamos começar definindo alguns conceitos da psicologia, muito comentados, porém pouco conhecidos na sua verdadeira acepção, a saber:
EGO:
Com base no Dicionário informal significa núcleo da personalidade de uma pessoa; princípio de organização dinâmica, diretor e avaliador que determina as vivências e atos do indivíduo; função de controle sobre o seu comportamento, sendo grande parte de seu funcionamento inconsciente.
SELF:
A consciência reflexiva, que é o conhecimento sobre si próprio e a capacidade de ter consciência de si; a interpessoalidade dos relacionamentos humanos, através dos quais o indivíduo recebe informações sobre si;
Além destes dois conceitos, existem outros três que se interagem e completam na definição da personalidade humana, que são:
ID, EGO E SUPEREGO:
Com base no site psicoativo.com O ID é regido pelo “princípio do prazer”, fundamento ligado à libido. Está relacionado a ação de impulsos. É considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo, portanto, apenas a partir de estímulos instintivos, o que lhe atribui a característica de amoral.
EGO é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como: percepção, memória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente na interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em consideração as normas éticas existentes e atua como mediador entre ID e SUPEREGO.
SUPEREGO é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado hiper moral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O superego é, então, componente moral e social da personalidade.
Mas então o que seria o Egoísmo?
Segundo o Dicionário Wikipédia um sujeito egoísta é aquele que se coloca no centro do seu universo. O egoísta, na verdade, é uma pessoa que prioriza a si mesmo em relação aos outros, mas não necessariamente desprezando-os. Um sujeito egoísta é aquele que acredita que, na sua perspectiva de ser, é mais importante do que os demais seres.
Uma pessoa egocêntrica se interessa principalmente por si mesma e demonstra pouca preocupação com os outros. (Site: pt.wikihow.com)
O que o espiritismo nos diz sobre o egoísmo?
Vamos encontrar no Evangelho Segundo o Espiritismo, diversas menções à palavra egoísmo, mas destacamos a seguinte orientação:
O egoísmo é o sentimento oposto da caridade. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, haverá sempre uma corrida favorável ao espertalhão, uma luta de interesses em que são pisoteadas as mais santas afeições, em que nem sequer os laços sagrados da família são respeitados. (Espírito Pascal – ESE – Cap. 11 - item 12)
Sendo então o egoísmo este parceiro do desamor, da arrogância e da vaidade, observamos seguindo a conceituação da psicologia que a personalidade moral do ser egoísta esta intrinsicamente ligada ao seu ID primitivo e ao mesmo tempo o SUPEREGO abordando comportamentos morais em desacordo com os princípios de bondade, respeito e compaixão, tão necessários a boa relação com o próximo.
Nessa perspectiva, como saber se somos ou não egoístas?
O site: pt.wikihow.com, traz algumas sugestões para identificarmos se temos uma personalidade egoísta, que são:
      Quem fala mais durante uma conversa?
      Quem parecia “conduzir” ou dominar a discussão?
      Você aprendeu alguma coisa nova sobre a pessoa com quem estava falando?
      Você fez alguma pergunta sobre a outra pessoa que não estava relacionada com sua própria vida ou com suas experiências?
      Pergunte-se se você ouviu o que a outra pessoa estava dizendo, assim como a forma como ela estava falando. 
      Você já se sentiu como se estivesse lutando pelo tempo de falar ou teve que interromper ou falar por cima da outra pessoa para conseguir expressar suas ideias?
      Você sente que precisa que a sua história seja mais forte ou dramática que a da outra pessoa?
      Se você sempre chateia as outras pessoas com o comportamento e não faz ideia de como está fazendo elas se sentirem, talvez seja hora de trabalhar no desenvolvimento da empatia e parar de se preocupar menos com você mesmo.
      Pergunte a si mesmo se você passa um bom tempo das suas interações sociais pensando em como é visto pelos outros.
      Note se uma das suas primeiras respostas a um feedback é ficar na defensiva ou irritado, em vez de tentar entender a perspectiva do outro.
      Pense em quantas vezes você culpa as outras pessoas quando algo dá errado.
Note, portanto, que todas estas questões ou afirmações do comportamento egocêntrico apresentam características, as vezes, de uma personalidade que sofre, que tem problemas de auto afirmação, de auto estima baixa e sentimentos de ausência de amor que podem ser indício de problemas ocasionados durante a construção de sua personalidade através das referências obtidas no convívio com a família, com amigos e a própria sociedade.
Também poderíamos afirmar que na busca de conquistas materiais, que nem sempre darão a sensação de prazer necessária para alcançar a felicidade propriamente dita, o homem vai se afastando de Deus, ou não foi orientado sobre os valores que a fé raciocinada e sentida, poderia melhorar suas relações interpessoais.
E dentro deste paradigma entra o Espiritismo indicando que esta personalidade desvirtuada dos princípios morais básicos pode estar subordinada as leis da “reencarnação”, “ação e reação”, com riscos severos de processos “obsessivos”, e por finalmente o entendimento que nada está só na vida, que um dia teremos que nos ajustar diante da lei maior, considerando que teremos indubitavelmente uma “vida futura”.
E por isso é tão importante encontrarmos o equilíbrio através da fé e das lições do Mestre Jesus, como, por exemplo, que nos diz sobre o ser bem-aventurado:
      Bem-aventurados os pobres de espírito, pois é deles o reino dos Céus. (Mateus, 5:3)
      Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. (Mateus, 5:8)
      Bem-aventurados aqueles que são mansos, porque possuirão a Terra. (Mateus, 5:4)
      Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Mateus, 5:9)
      Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque eles próprios alcançarão misericórdia. (Mateus, 5:7)
E evidentemente percebemos que o caminho seguro para ser bom, generoso, debelar de vez o egoísmo está em duas sentenças de Jesus:
      O PERDÃO DAS OFENSAS; e
      O AMOR AO PRÓXIMO E AO(s) INIMIGO(s);
Mostrando perfeitamente que precisamos uns dos outros, e que nosso superego deve ser alimentado pelos princípios morais de amor, paciência, respeito, compaixão e caridade.
Sejamos então todos Luz!
Fernando Oliveira – 19/08/2018.

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